Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
domingo, junho 1, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

Queimadas escancaram urgência de ações para compreender, mitigar e se adaptar às mudanças climáticas

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
30 de agosto de 2024
em Clima
Tempo de leitura: 5 minutos
A A
0
Home Mercado Clima

Em encontro na Unicamp, coordenadores e pesquisadores do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais apresentam os desafios e as demandas para pesquisas que podem ajudar a entender e combater as consequências dos eventos extremos causados pelo aquecimento do planeta

Célio Haddad e Luiz Aragão, durante abertura do evento
(imagem: reprodução)

Na semana em que o Observatório do Clima divulgou estudo apontando que o Brasil precisa reduzir em 92% as emissões de gases do efeito estufa até 2035, a fim de limitar em 1,5°C o aquecimento global, coordenadores e pesquisadores do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) se reuniram no Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (IG-Unicamp).

A ideia do encontro, ocorrido nesta terça (27) e quarta-feira (28/08), foi justamente discutir as prioridades atuais em pesquisas na área, além de trabalhar a integração entre os projetos, a fim de estimular interações, estruturar ideias e atividades conjuntas. A programação e a transmissão na íntegra estão disponíveis on-line.

Evento foi realizado no Instituto de Geociências da Unicamp
Foto: Vera Sirin/Agência FAPESP

“A cada dia que passa a crise climática se intensifica e é necessário prover informações, gerar conhecimento de ponta e, principalmente, as soluções para que o país possa avançar nas ações de mitigação, adaptação e no desenvolvimento econômico sustentável”, disse Luiz Aragão, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e assessor de Mudanças Climáticas da Coordenadoria de Programas Estratégicos e Infraestrutura da Diretoria Científica da FAPESP.

O cientista lembrou que 70% das emissões do Brasil vêm das mudanças no uso do solo, o que torna fundamental trabalhar o setor de florestas e de agropecuária.

“O desafio é muito grande. Temos de ter investimentos robustos e de longo prazo nessa área”, afirmou.

Dados os eventos extremos que têm assolado o país, como as queimadas em São Paulo e em outros Estados, Aragão propõe uma linha de fomento de urgência, com avaliações rápidas das propostas para que possam prover diagnósticos precisos sobre os impactos desses eventos.

Neste que é o ano mais quente da história, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, apontou ainda um aumento de 1,9°C sobre o continente em 2024. “Estamos ultrapassando o limite de 1,5°C e temos consequências visíveis”, afirmou.

Para Célio Haddad, professor do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp), em Rio Claro, que representou o diretor científico da FAPESP no evento, o tema é muito relevante e afeta diretamente a sociedade, inclusive as espécies.

“Se é difícil adaptar nossa economia, nossas vidas, às mudanças climáticas, imaginem espécies que evoluíram ao longo de milhões de anos, muitas incapazes de se adaptar a essas mudanças profundas que ocorrem num curto período de tempo”, disse.

Urgências

O evento foi uma oportunidade para pesquisadores apoiados no âmbito do PFPMCG trocarem percepções sobre seus trabalhos e levantarem pontos em comum. No total, o programa criado em 2008 já apoiou 157 projetos de pesquisa, 32 em vigência, com cerca de 690 jovens pesquisadores formados em nível de mestrado e doutorado e mais de uma centena sendo capacitados atualmente.

Um dos pontos levantados foi a necessidade de aprimorar os modelos climáticos e de tempo. “Ainda existem modelos, inclusive os usados pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da Organização das Nações Unidas], que consideram dois tipos de árvores para a região tropical, quando existem muito mais”, disse David Lapola, vice-coordenador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp.

O pesquisador se dedica a medir os efeitos do dióxido de carbono (CO2) sobre as árvores, o que demanda experimentos em campo, grandes bancos de dados e supercomputadores para realizar as modelagens e prever cenários para o futuro.

Uma das dificuldades dos modelos de clima e de tempo é justamente a falta de integração entre os dados. Pensando nisso, um consórcio de pesquisadores de diversas partes do mundo está desenvolvendo um modelo comunitário.

“O objetivo é simular oceano, continente, atmosfera, um modelo do sistema terrestre que vai ser comunitário, unificado, com um único código computacional. É um novo paradigma, inclusive falando de América Latina”, contou Gilvan Sampaio, pesquisador do Inpe.

Um dos avanços do novo modelo, batizado de Monan (Modelo de Predição de Oceano, Terra e Atmosfera, na sigla em inglês), é que será único, eliminando a separação entre modelos globais e regionais, como se faz hoje. Na primeira versão, prevista para começar a operar em 2025, a previsão do tempo poderá ser feita para dez e para três quilômetros. “Isso pode ser ainda mais refinado para alguns locais, como a Região Metropolitana de São Paulo, que pode chegar a um quilômetro”, explicou.

Tanto Sampaio quanto Lapola enfatizaram a necessidade de repositórios de dados abertos e curados para alimentar os modelos. Além disso, algo que já está em uso na Europa e que poderia ser integrado às pesquisas locais são as ferramentas de inteligência artificial, capazes de tornar os modelos ainda mais precisos.

Em um cenário com cada vez mais eventos extremos, a previsão do tempo é uma ferramenta fundamental para planejar as ações de enfrentamento. Em uma intervenção da plateia, a pesquisadora Luciana Gatti, do Inpe, lembrou que estamos observando um aumento no número de mortes por eventos extremos.

“O Estado de São Paulo é o segundo em número de mortes por esses eventos, provavelmente porque é o mais desmatado do Brasil. Precisamos de uma política clara para mitigar e dirimir o que está acontecendo. Vamos caminhar para um cenário cada vez pior de ondas de calor e sabemos a tarefa gigante que temos pela frente”, disse.

Por: André Julião Fonte: Agência FAPESP

Clique AQUI, entre no nosso canal do WhatsApp para receber as principais notícias do mundo agro.

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

2º Encontro Estadual de Mulheres do Agro em Lins reuniu lideranças femininas do setor produtivo e autoridades

Próximo post

O impacto das cultivares híbridas no crescimento da produção de brócolis no Brasil

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Brasil terá onda de frio mais forte do ano: veja quando e qual a previsão
Clima

Três regiões do país devem ter recorde de frio; confira a previsão de hoje

por Redação Visão Agro
29 de maio de 2025

Frente fria e ar polar ganham força no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país A quinta-feira será marcada por recorde...

Ler maisDetails
Primeira onda de frio de verdade está chegando e vem muito forte
Clima

Primeira onda de frio de verdade está chegando e vem muito forte

por Redação Visão Agro
28 de maio de 2025

De acordo com a Climatempo, período estará entre os de frio mais intenso de todo o ano de 2025, atingindo...

Ler maisDetails
Mais de 500 cidades brasileiras têm alerta de chuva intensa; veja quais
Clima

Redução de chuvas e previsão de geada: como será o clima nas lavouras em maio?

por Redação Visão Agro
1 de maio de 2025

Tendência é que seja um mês positivo no campo, porém previsão de fortes geadas preocupa Maio é um mês importante,...

Ler maisDetails
Monitoramento dos cultivos de verão analisa o impacto do clima na safra 2024/25
Clima

Monitoramento dos cultivos de verão analisa o impacto do clima na safra 2024/25

por Redação Visão Agro
31 de março de 2025

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (27), a edição de março do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA),...

Ler maisDetails
Clima

Clima no Brasil e quebra na Índia continuam dando as cartas no mercado mundial de açúcar

por Redação Visão Agro
21 de fevereiro de 2025

Incertezas com o clima no Brasil e os impactos da seca na Índia pressionaram, uma vez mais, as cotações do...

Ler maisDetails
Chuva preta pode atingir o sul do Brasil: Alertas para agricultura e saúde
Clima

Previsão de chuva forte coloca 12 Estados em alerta; veja quais

por Redação Visão Agro
20 de fevereiro de 2025

As cinco regiões brasileiras têm áreas com perigo de chuvas intensas que, em alguns casos, podem vir acompanhadas de ventos...

Ler maisDetails
Quando acaba a onda de calor?
Clima

Quando acaba a onda de calor?

por Redação Visão Agro
19 de fevereiro de 2025

A previsão dos meteorologistas é que a terceira onda de calor dure, pelo menos, mais seis dias. As temperaturas durante...

Ler maisDetails
Chuva preta pode atingir o sul do Brasil: Alertas para agricultura e saúde
Clima

Verão chuvoso deve favorecer melhor produtividade da cana em 2025/26

por Redação Visão Agro
17 de fevereiro de 2025

Centro-Sul deverá compensar boa parte da quebra de safra da última temporada O clima deixou de ser o vilão da...

Ler maisDetails
Nova onda de calor: massa de ar polar enfraquece e temperaturas voltam a subir
Clima

Até quando vai a onda de calor? Veja e saiba qual será o dia mais quente de 2025

por Redação Visão Agro
11 de fevereiro de 2025

Altas temperaturas devem se manter em grande parte do país até a próxima semana As altas temperaturas provocadas pela intensa...

Ler maisDetails
País tem sétima onda de calor em 2024 e temperatura em SP deve chegar a 33°C nesta terça (24)
Clima

Fevereiro terá calor acima do normal e região com mais de 160 mm de chuva

por Redação Visão Agro
31 de janeiro de 2025

Previsão indica temperaturas elevadas e acumulados abaixo da média em partes do Sul e Centro-Oeste; os dados são do Inmet...

Ler maisDetails
Carregar mais
Próximo post
O impacto das cultivares híbridas no crescimento da produção de brócolis no Brasil

O impacto das cultivares híbridas no crescimento da produção de brócolis no Brasil

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36