O mercado global de açúcar ainda não precificou as dificuldades que o setor tem tido de produzir mais açúcar na atual safra do Centro-Sul do Brasil, disse o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, que acredita em cotações firmes também devido aos “baixos” estoques do produto no mundo.
“Acho que essa produtividade do início da safra tende a ter uma queda maior no final; o mercado ainda não precificou isso”, afirmou ele, em teleconferência com analistas, após a companhia ter registrado uma moagem recorde para um primeiro trimestre, com antecipação das atividades, conforme reportou na véspera.
Além da expectativa de uma queda na produtividade ao final, sinalizou Mussa, “está sendo um ano com mais difícil de ‘mix’ de açúcar”. Ele cita que questões relacionadas a impurezas impedem que as sucroenergéticas destinem mais cana para a produção do adoçante: “Olhando todas as empresas, elas estão com mais dificuldades de fazer o mesmo mix de açúcar do ano anterior”.
Com esses dois aspectos, ele chamou atenção para um final de safra que indica um cenário de preços firmes. “Do nosso lado, estamos bem fixados, com preços muito bons, melhores do que o ano passado”, afirmou.
Mussa acrescenta que a companhia já olha para o próximo ciclo. “Estamos olhando mais a próxima do que esta safra, mas ainda vejo potencial de alta do preço do açúcar por esses fatores que falei”, conclui.
Por: Roberto Samora | Fonte: Reuters
Clique AQUI, entre no canal do WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.