Após o fim do vazio sanitário em 15 de setembro, a semeadura da oleaginosa começará de fato quando as primeiras chuvas acima de 10 mm voltarem a cair no Estado, disse o Imea. O instituto cita a previsão do TempoCampo de precipitações para o acumulado dos próximos 30 dias de 25 a 50 mm em todo o Estado, com maiores volumes nas regiões noroeste, norte e parte do médio-norte. “A confirmação desse cenário poderá auxiliar o desenvolvimento inicial das plantas e favorecer a janela de cultivo para as culturas de segunda safra.”
Em compensação, os modelos do NOAA trazem atenções para a primeira quinzena de setembro, devido às projeções apontarem poucas precipitações, principalmente no período que antecede o fim do vazio sanitário (dias 8 a 14 de setembro). “É importante citar que as chuvas neste período são fundamentais para o início da semeadura e favorecimento do cultivo da segunda safra, conforme foi visto no ano passado, quando foram observadas boas precipitações neste período, o que resultou no adiantamento do cultivo e da colheita da soja em Mato Grosso.”
Ainda conforme o Imea, diante do cenário que ainda traz incertezas quanto ao clima, as projeções para o rendimento ficam limitadas e, por isso, o instituto manteve em 58,58 sacas/ha para a safra 2022/23, indicando um recuo inicial de 1,26% em relação aos rendimentos da safra 2021/22. A produção da safra 2022/23 mato-grossense continua estimada em 41,51 milhões de toneladas de soja, alta de 1,62% ante a safra 2021/22.
Milho – O Estado de Mato Grosso deve colher 45,54 milhões de toneladas de milho na safra 2022/23, montante 3,8% maior em relação ao ciclo anterior. A área plantada, por sua vez, deve crescer 1,8%, para 7,28 milhões de hectares, segundo o Imea), em sua primeira estimativa para a colheita de milho no Estado. Já a produtividade calculada pelo instituto deve alcançar a média de 104,33 sacas de 60 quilos por hectare.
Segundo o Imea, os preços atuais pagos ao produtor pela saca de milho estão influenciando a decisão de aumento de área. “Por outro lado, os altos custos de produção e as incertezas climáticas ainda estão gerando cautela quanto à definição da área plantada para a próxima safra”, assinala.
Outro fator ainda em aberto diz respeito à evolução da semeadura da soja em Mato Grosso, que influencia diretamente no período de plantio de culturas de segunda safra – caso do milho -, bem como as condições climáticas para o próximo ano. “Esses fatores ainda estão em aberto e serão fundamentais para a definição do rendimento do cereal para o próximo ciclo”, finaliza o Imea.
Algodão – O Imea também divulgou a primeira perspectiva para a safra 2022/23 do algodão em Mato Grosso, com área e produção recordes. O Imea prevê aumento de 10,39% na área, totalizando 1,30 milhão de hectares, sendo 158,98 mil hectares em primeira safra e 1,14 milhão de hectares em segunda safra. “Esse aumento é reflexo, principalmente, do preço atrativo da pluma, pautado pelas incertezas quanto a oferta mundial da fibra, que no momento encontra-se limitada e sendo pressionada pela diminuição na produção dos Estados Unidos e Índia”, disse o Imea, ressaltando que os dois grandes exportadores tiveram as suas safras prejudicadas por adversidades climáticas.
A produtividade foi estimada em 278,23 arrobas/hectare, o que corresponde a um aumento de 9,92% frente a estimativa para a safra 2021/22. O Imea apontou, contudo, que a projeção do rendimento fica limitada neste momento, uma vez que há incertezas que podem afetar a safra, como evolução da semeadura, condições climáticas no decorrer da temporada e ocorrência de anomalias, pragas e doenças. O Imea prevê produção de 2,104 milhões de toneladas de algodão em pluma, 13,64% acima do ciclo anterior.
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