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Usina Coruripe vai usar reserva particular para gerar crédito de carbono

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
23 junho, 2025
em Usinas
Tempo de leitura: 5 minutos
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Home Bioenergia Usinas

Empresa trabalha para ampliar área de preservação voluntária, desvinculada de obrigações legais, e também para gerar receita com o ativo

Há 20 mil hectares de vegetação nativa do Cerrado preservada na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Porto Cajueiro, em Januária (MG) — Foto: Divulgação

Vinte anos atrás, a Usina Coruripe, uma das maiores companhias sucroalcooleiras do Nordeste e de Minas Gerais, embrenhou-se “nonada”. A empresa, controlada pelos herdeiros do alagoano Tércio Wanderley, começou a comprar terras às margens do rio Carinhanha, que divide Minas e Bahia, cenário de um dos maiores romances brasileiros, “Grande Sertão: Veredas”. O objetivo inicial era compensar a necessidade de reserva legal de suas usinas em Alagoas e Minas Gerais, mas a empresa decidiu tornar aquelas terras uma reserva particular, já desvinculada de suas obrigações legais. Agora, em tempos em que o desmatamento avança na região, a Coruripe quer expandir a reserva, e recorreu ao mercado de carbono para isso.

Hoje, há 20 mil hectares de vegetação nativa do Cerrado preservada na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Porto Cajueiro, em Januária, na região norte de Minas Gerais. Inicialmente, a Coruripe tinha 7 mil hectares preservados na região, mas a área acabou crescendo, relata Bertholdino Teixeira Junior, gerente de sustentabilidade corporativa da Usina Coruripe. E a empresa quer ampliar a área ainda mais, para algo entre 35 mil e 50 mil hectares.

Para bancar o custo da preservação da área atual e também da expansão, a companhia iniciou um projeto para vender créditos de carbono de preservação (REDD, na sigla em inglês) no mercado voluntário. O projeto ficará a cargo da desenvolvedora EQAO, com apoio da Reservas Votorantim, que já tem histórico na geração de créditos de carbono de preservação do Cerrado, e do Itaú.

“Sempre pensamos que, em algum momento, os ativos ambientais se valorizariam. Enxergamos no longo prazo”, disse Teixeira Junior. Segundo ele, há dez anos, a usina começou a avaliar opções de monetizar esse ativo. “Temos outras alternativas além de créditos de carbono, como o extrativismo e o turismo ecológico”, citou.

A Coruripe estima que a área atual de preservação é capaz de gerar 27 mil créditos de carbono ao ano. O número ainda será mais bem apurado quando as equipes de desenvolvimento forem a campo para fazer as medições e aplicar a metodologia da Verra, que foi escolhida para certificar a geração de créditos do projeto.

Um dos desafios de se gerar crédito de carbono de projetos de conservação de vegetação nativa no Cerrado é o fato de que se trata de um bioma que tem incêndios naturais todo ano. É aí que entra a colaboração da Reservas Votorantim, que há três anos começou a vender os primeiros créditos de carbono de conservação do Cerrado em uma parceria com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).

“É preciso garantir modelos de combate ao incêndio no bioma. A Coruripe já faz isso e vai ser um ponto crucial para o projeto ter sucesso, com ampliação dos métodos de combate ao fogo”, afirmou Daniel Canassa, diretor da Reservas Votorantim.

Incêndios

O plano é criar um monitoramento que identifique todo foco de incêndio que houver, a área de ocorrência das chamas e o volume de perda de biomassa. O carbono que esses incêndios emitirem será mensurado e descontado da quantidade de créditos de carbono que o projeto pode gerar.

Outra opção é utilizar o “buffer”, mecanismo previsto no mercado de carbono para compensar perdas pontuais em um projeto. Ao mesmo tempo, o monitoramento também servirá para acompanhar a renovação da biomassa nas áreas de ocorrência de incêndios e quanto isso captura de carbono depois. “Se bem gerenciado, o Cerrado volta maravilhosamente bem em pouco tempo”, afirmou Canassa.

A ampliação dos esforços de conservação na divisa entre Bahia e Minas Gerais faz frente ao avanço do desmatamento na região. A área, que já foi palco do romance de Guimarães Rosa, é hoje a última fronteira agrícola de Minas Gerais, acompanhando a pressão que ocorre no oeste da Bahia.

Nos últimos anos, a vegetação de Cerrado local vem sendo substituída pelo cultivo de grãos e de sementes de braquiária e também pela criação de bois. Além de garantir a conservação da mata nativa, os investimentos da Coruripe na reserva também vêm garantindo a recuperação do leito do rio Carinhanha, um dos principais afluentes do rio São Francisco.

“Por ser uma área de expansão agrícola, e com taxas de desmatamento mais altas, é possível gerar mais créditos de carbono, já que estamos trabalhando com a metodologia de desmatamento evitado”, observou Canassa, da Reservas Votorantim.

O mercado voluntário de créditos de carbono está “em recuperação” após seguidas denúncias de fragilidade em projetos certificados, disse Maria Belen Losada, da área de produtos e comercialização de carbono do Itaú. Segundo ela, esses casos reduziram a oferta de projetos. Por outro lado, ainda há demanda por créditos de carbono. “Caiu o volume de ofertas, mas os preços estão subindo para projetos de alta integridade”, observou.

Para ela, “a monetização [da conservação da reserva] vai permitir à Coruripe preservar uma área ainda maior, trazendo mais benefícios para o rio Carinhanha”. Em sua visão, o projeto tende a ser atrativo graças a esses atributos ambientais e ao fato de integrar o Mosaico Sertão Veredas — Peruaçu, que abrange outras áreas públicas e particulares de conservação e foi batizado em homenagem ao romance de Guimarães Rosa.

Por: Camila Souza Ramos | Fonte: Globo Rural

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