As exportações do agronegócio de Minas Gerais totalizaram US$ 10,2 bilhões de janeiro a agosto deste ano. O valor, recorde, é 45,8% maior que o do mesmo intervalo de 2021, e quase se equipara ao total exportado em todo o ano passado (US$ 10,5 bilhões). Os dados foram divulgados pela Secretaria de Agricultura do Estado.
Em volume, as exportações somaram 9,5 milhões de toneladas, com aumento de 3,2% em relação ao mesmo intervalo de 2021. Minas Gerais foi o quarto maior Estado do país em embarques de produtos do agronegócio nos oito primeiros meses do ano, com participação de 9,5% no total nacional.
Destinos
O secretário de Agricultura de Minas, Thales Fernandes, disse que os embarques foram impulsionados pela valorização das commodities e pela conquista de novos mercados. De janeiro a agosto, os produtos do agro mineiro foram exportados para 166 países, sendo 14 novos destinos – entre eles, Luxemburgo, Mianmar e Zâmbia. Os principais compradores foram China (US$ 3,3 bilhões), Estados Unidos (US$ 1,1 bilhão), Alemanha (US$ 976 milhões), Bélgica (US$ 489 milhões e Itália (US$ 463 milhões).
Café e soja
O principal item exportado é o café. Os embarques mineiros do produto totalizaram US$ 4,4 bilhões e 18,2 milhões de sacas de 60 quilos, com crescimento de 64,8% em valor e queda de 1,6% em volume. As exportações do complexo soja aumentaram 48,4% em valor e 9,3% em volume, somando US$ 2,9 bilhões, com o embarque de 4,8 milhões de toneladas.
Carnes
Os embarques de carnes aumentaram 13,7% em volume, para 282 mil toneladas, e 42,5% em valor, para US$ 1,16 bilhão. As exportações de carne bovina alcançaram US$ 890 milhões e 148 mil toneladas, com acréscimo de 45,2% no valor e 17,4% no volume. As vendas externas de carne de frango aumentaram 42,9% no valor e 11,9% no volume. O valor de US$ 237 milhões, com 117 mil toneladas embarcadas, correspondeu a 20% das carnes enviadas para o exterior.
Açúcar, etanol e produtos florestais
O complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool) obteve US$ 761,4 milhões com o embarque de 1,9 milhão de toneladas. Houve queda em valor de 3,4% e de 15% no volume. Produtos florestais (celulose, madeira, papel e borracha) somaram US$ 517 milhões e 886 mil toneladas, com alta de 12,2% em valor e de 1,1% em volume.
Fonte: Valor Econômico