O lucro líquido da FS, maior produtora de etanol de milho do país, controlada pelo Summit Agricutural Group, mais do que dobrou no segundo trimestre da safra 2022/23. O resultado da companhia foi de R$ 274,5 milhões no período.
Com um desempenho melhor do que o que teve no trimestre anterior, o lucro da empresa nos seis primeiros meses da safra chegou a R$ 541,6 milhões, agora apenas 14% menor que o da temporada passada.
No segundo trimestre, a companhia foi beneficiada pelo crédito tributário do PIS/Cofins, concedido pelo governo a empresas de etanol depois das alterações de tributos sobre combustíveis no meio do ano, e teve também um ganho nãorecorrente de R$ 295 milhões com vendas de ativos biológicos. No lado financeiro, contribuiu para o aumento do ganho líquido da FS a diminuição do impacto da variação cambial sobre o resultado contábil.
Em suas operações convencionais, a companhia, que está com duas usinas em operação em Mato Grosso e uma terceira em construção, aumentou seu faturamento com apoio dos DDGs, mas também viu o custo apertar suas margens. A receita líquida total do trimestre cresceu 25,4%, para R$ 1,9 bilhão. Em seis meses, o faturamento alcançou R$ 3,8 bilhões, o que representou uma alta de 34,8%.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 707,4 milhões. Apesar de ter crescido 14,7%, houve um aperto na margem Ebitda de 3,5 pontos percentuais, que ficou em 37,1%.
Como quase todas as empresas de etanol, a FS priorizou a produção e venda de etanol anidro para escapar da deterioração da competitividade do etanol hidratado. A empresa também aumentou suas vendas para o Nordeste e registrou uma receita de R$ 23 milhões com a venda de Créditos de Descarbonização (CBios) no trimestre.
A companhia também aproveitou a alta dos preços do DDGs e do milho para aumentar as receitas com nutrição animal e revenda do cereal. Com isso, a taxa de cobertura — que mede o quanto as receitas com DDGs protegem os custos de produção com compra de milho — aumentou 2,6 pontos percentuais, para 53,9%.
A companhia registrou aporte de R$ 609,5 milhões para continuar a construção da sua terceira usina, em Primavera do Leste (MT). No ano fiscal, a FS já desembolsou R$ 1 bilhão no projeto. Ela estima desembolsar mais R$ 1,2 bilhão nos próximos dois trimestres para concluir a obra.
A companhia emitiu novas linhas de cpaital de giro e um certificado de recebíveis do agronegócio (CRA), uma das medidas que fizeram a dívida da companhia subir 27,7%, a R$ 4,6 bilhões. A FS vem recomprando títulos do green bond que emitiu no ano passado por causa do alto custo desses papéis, substituindo-os por títulos mais baratos no mercado local.
Fonte: Valor Econômico
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