O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse hoje que o governo ainda não formatou nenhuma proposta para alterar a política de preços da Petrobras, mas que o assunto tem que ser debatido “com muita cautela” e “serenidade”. Segundo ele, este debate ainda será aprofundado nas próximas semanas.
“O que o presidente sem dúvida nenhuma sempre se manifestou na possibilidade de uma revisão no plano de investimentos da Petrobras, isso sim. Agora, política de preços é uma discussão que vai se aprofundar no governo nas próximas semanas e não tem absolutamente nada que possa ser afirmado, que é uma realidade já de negociação de governo”, disse.
Em seguida, Silveira afirmou que o assunto gera, sim, preocupação em todo o governo, mas, ponderou que a questão é “sensível”. “O presidente está sim [preocupado]. Existe uma preocupação de todo o governo em resolver a política de preços. Só que não tem nenhuma política formatada ainda. Quem acabou de dizer isso foi o próprio ministro da Economia, o ministro Haddad. É uma pauta muito sensível e tem que ser debatida com muita cautela, muita profundidade”, contou.
Apesar disso, o ministro evitou se posicionar contra a chamada Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional tendo como referência o preço do barril tipo brent, calculado em dólar. Desde 2016, a estatal utiliza essa política e, por isso, o valor internacional do petróleo e a cotação do dólar influenciam diretamente na composição dos preços da companhia.
“Eu não sou contra [a política de paridade internacional]. Eu sou parte de uma política de governo. Acho que a questão da paridade tem que ser discutida com transversalidade — Ministério da Economia, Ministério de Minas e Energia — até que o presidente tenha uma posição de todos e arbitre sobre a melhor política, porque toda política de preço, quando se trata de um mundo globalizado, ela tem causas e consequências. Então ela tem que ser debatida com muita serenidade e é isso que está sendo feito pelo governo, com muita cautela para que nós possamos chegar em um bom termo e que possa efetivamente umpulsionar o Brasil, criar condições de o Brasil crescer, que essa é a grande obsessão que nós precisamos ter”, concluiu.
Fonte: Valor Econômico
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