O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu o aumento do percentual de mistura do biodiesel ao diesel fóssil nesta sexta-feira.
“Nós precisamos aumentar o percentual do biodiesel no diesel. Está em 10%, já foi 13%, foi reduzido no governo passado para 10%”, disse Alckmin após encontro com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
“Isso prejudica o meio ambiente e a indústria, gera menos emprego, e agrega menos valor. Então é importante a retomada do biodiesel no diesel, você melhora o diesel, ajuda o meio ambiente, diminui emissão de carbono”, completou.
O presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), espera que o governo atenda a proposta de aumento escalonado da mistura apresentada na semana passada pelo setor a Geraldo Alckmin.
A frente defende “o aumento da produção e uso do biodiesel com previsibilidade e segurança jurídica, garantindo a manutenção e a ampliação dos investimentos no setor e implementando o crescimento gradual da mistura até o B15 a partir de março de 2024″, diz documento entregue ao vice-presidente.
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
Pelo cronograma original, o teor da mistura do biocombustível ao diesel fóssil deveria estar em 14%, e iria para 15% a partir de março deste ano. No governo de Jair Bolsonaro, o percentual sofreu sucessivos cortes sob o pretexto de baixar o preço do combustível na bomba aos consumidores. Foram cinco alterações apenas ao longo de 2021.
No fim do ano passado, uma decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estendeu a mistura de 10% até o fim de março de 2023. O órgão deverá definir um novo cronograma para a adição do biocombustível em breve. Até o momento, o novo índice é uma incógnita. Integrantes do governo dizem que o aumento de 10% para 15% seria brusco. O setor pede ao menos o incremento escalonado.
A FPBio também pediu que seja revista a decisão do CNPE que possibilita a importação de biodiesel. “É necessário valorizar o produto nacional e utilizar nossa capacidade industrial instalada e ociosa”, detalhou o documento enviado a Alckmin.
Fonte: Valor Econômico
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