O possível aumento para 25% da mistura de biodiesel no diesel fóssil deve gerar uma demanda adicional de 50 milhões de toneladas de soja para esmagamento até 2036, segundo cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que representa as processadoras.
A estimativa leva em conta o atual cronograma da mistura, adicionando um ponto percentual a cada ano. O volume adicional do grão seria suficiente para atender à demanda cada vez maior pelo biocombustível.
A elevação da mistura para 25% foi defendida no domingo pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante participação na COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes. E a proposta deve ser incluída no Projeto de Lei Combustível do Futuro, enviado em setembro pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional.
O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) pretende concluir o relatório do projeto de lei até o fim desta semana e articular a votação da proposta no Plenário da Câmara dos Deputados ainda neste ano com o presidente Arthur Lira (PP-AL).
Ao dizer em Dubai que é possível que o país chegue à mistura de 25%, Silveira sugeriu alterações no piso e no teto da mistura do biocombustível ao diesel fóssil, o que agradou a indústrias do setor e parlamentares.
O percentual mínimo seria elevado de 6% para 10%. Atualmente, o teor da mistura está em 12%, mas o piso significa uma segurança a mais para o setor produtivo diante de eventuais cortes que possam haver.
No governo passado, por exemplo, houve decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que reduziram a adição do biodiesel ao combustível fóssil para 10% quando deveria estar em 14%. Naquelas ocasiões, alguns membros do colegiado chegaram a defender redução mais drástica, para 6%. Com o novo piso proposto pelo Ministério de Minas e Energia, haveria uma garantia de que a mistura não seria menor do que 10%.
Fonte: Globo Rural
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