Informe revela reduções significativas nos valores de produtos como cenoura, alface, mamão e melancia, influenciadas por oferta elevada e demanda moderada
O mais recente Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (18), revela um cenário de queda nos preços das frutas e hortaliças mais comercializadas nos principais mercados atacadistas.
A cenoura, alface, mamão e melancia registraram reduções superiores a 20% em seus preços no último mês. Destaque para a queda de 46,49% na folhosa, observada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Recife (PE). A baixa demanda, apesar da boa qualidade dos produtos, contribuiu para esta tendência de preços mais baixos.
No caso da cenoura, apenas os mercados de Santa Catarina e Ceará não registraram quedas significativas, mantendo preços estáveis ou com redução moderada. Em contrapartida, Goiás apresentou a maior redução, com uma variação negativa de 35,76%, refletindo um cenário favorável aos consumidores devido ao aumento na oferta da raiz de diversas regiões produtoras.
Entre as frutas, o mamão teve uma queda média ponderada de 26,34% em junho, influenciada tanto pela maior oferta quanto pela demanda mais fraca devido ao clima frio. A melancia também registrou uma diminuição significativa, com uma redução de 23,72% na média ponderada dos preços, devido ao aumento da produção em Goiás e Tocantins e à menor procura devido às temperaturas mais baixas.
Por outro lado, batata, maçã e banana apresentaram aumento nos preços nos principais mercados atacadistas. A batata teve um aumento de 3,36% na média ponderada, enquanto a banana registrou um aumento de 6,46%, especialmente devido à diminuição da oferta da variedade nanica em algumas regiões. Já a maçã teve um pequeno incremento de 1,35%, refletindo um controle de oferta pelas companhias classificadoras e menor demanda devido ao clima frio e festividades.
No cenário internacional, as exportações de frutas brasileiras apresentaram desempenho misto no primeiro semestre de 2024, com volume total de 409 mil toneladas enviadas ao exterior, uma queda de 8,44% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas com um faturamento de US$ 476,1 milhões (FOB), um aumento significativo em comparação ao primeiro semestre de 2023.
A expectativa é de crescimento na comercialização para o exterior nos próximos meses, impulsionada por condições climáticas favoráveis e custos de produção elevados na Europa, além de um câmbio atrativo.
Destaque para a decisão de retirar as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) do Plano Nacional de Desestatização (PND), anunciada nesta edição do boletim.
Fonte: Portal do Agronegócio
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