Oferta Aumenta com A chegada de Produtos de Outros Estados e Moagem Intensa de Cana
Na semana passada, os preços do etanol hidratado nas usinas do Estado de São Paulo sofreram um recuo superior a 3%, refletindo uma redução no interesse das distribuidoras em realizar compras no maior mercado de combustíveis do país, conforme análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Entre os dias 22 e 26 de julho, o indicador Cepea/Esalq para o etanol hidratado foi cotado a R$ 2,5664 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), representando uma queda de 3,39% em relação ao período anterior. O etanol anidro também apresentou desvalorização, com o indicador fechando a R$ 2,9592 por litro, uma redução de 3% no mesmo comparativo.
O Cepea destacou que o aumento da oferta de etanol, devido à chegada de produto de outros estados da região Centro-Sul — notadamente Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul —, contribuiu para o abastecimento das principais bases de combustíveis em São Paulo. Esta ampliação na oferta é impulsionada pela alta atividade de moagem de cana na safra atual.
Adicionalmente, muitos vendedores se ausentaram do mercado spot de etanol devido aos preços competitivos do açúcar no mercado internacional, que é uma importante fonte de receita para as unidades produtoras. A análise do Cepea também revelou descontentamento entre os agentes do setor quanto aos preços atuais e ao volume de negociação nos últimos meses, o que levou as usinas que permaneceram ativas a reduzirem os preços do biocombustível.
De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), os dados mais recentes mostram que, no acumulado da safra 2024/2025 (de 1º de abril a 15 de julho), as saídas de etanol hidratado pelas usinas do Centro-Sul somaram 6,56 bilhões de litros, um aumento de 43,8% em relação ao mesmo período do ciclo anterior. Nos primeiros 15 dias de julho, o volume de hidratado comercializado no mercado interno alcançou 869,5 milhões de litros, refletindo um avanço de 52,5% em comparação com o ano passado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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