Analista do Itaú BBA aponta redução na produção brasileira e aumento da demanda interna como fatores da diminuição das exportações em 2024
Nesta terça-feira (06), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) ao longo de julho alcançou 3.553.865,8 toneladas. O volume representa apenas 84% do total exportado no mês de julho do ano passado, que ficou em 4.230.622,7 toneladas.
A média diária de embarques nestes 23 dias de julho/24 ficou em 154.515,9 toneladas, representando queda de 16% com relação a média diária embarcadas de julho do ano anterior, em ficou em 201.458,2 toneladas.
O Analista do Itaú BBA, Francisco Queiroz, destaca que os embarques de milho do Brasil estão bem abaixo dos números registrados em 2023, com 3,5 milhões de toneladas exportadas de fevereiro junho de 2024, 37% abaixo do mesmo período do ano passado.
“Isso é basicamente porque a safra deste ano será menor do que a do ano passado e nós projetamos um aumento do consumo interno, seja para ração ou seja para o etanol. Assim vai sobrar menos milho para a exportação. Nas nossas contas devemos produzir 122 milhões de toneladas no total das safras e exportar algo próximo de 40 milhões de toneladas, sendo que no ano passado produzimos 137 milhões de toneladas e exportamos recorde de 55 milhões”, diz Queiroz.
Com relação ao faturamento, o Brasil arrecadou um total de US$ 710,345 milhões no mês, contra US$ 1,035 bilhão de todo julho/23. O que na média diária deixa o atual mês com baixa de 31,4% ficando com US$ 30,884 milhões por dia útil contra US$ 49,319 milhões em julho do ano anterior.
O preço médio pago pela tonelada do milho brasileiro recuou 18,4% dos US$ 244,80 registrados em julho de 2023 para os US$ 19,90 contabilizados na quarta semana de julho de 2024.
Por: Guilherme Dorigatti Fonte: Notícias Agrícolas]
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