A Volkswagen Brasil anunciou recentemente um investimento adicional de R$ 9 bilhões no Brasil – ao todo, a montadora vai colocar R$ 16 bilhões no País até 2028. O dinheiro será usado para lançar 16 novos modelos de carros, com diferentes tipos de combustíveis. “O Brasil está entrando em um novo ciclo de investimentos e a Volkswagen é uma das montadoras que mais está investindo no País, pois acreditamos muito na região,” diz Ciro Possobom, o CEO da Volks Brasil.
O executivo admite que as montadoras chinesas aproveitaram um vácuo ao oferecer carros híbridos elétricos por um preço um pouco mais em conta no Brasil – mas ele não vê como uma competição justa. “A taxação ainda é muito baixa. Importar um carro da China custa 18%, enquanto a exportação para lá é taxada em 25%,” diz. “A minha tese é: venha produzir carro aqui e venha desenvolver o mercado local.”
Ao mesmo tempo, a indústria automotiva brasileira ganhou mais uma rodada de subsídios. Com o Mover, as montadoras com fábricas no País vão receber quase R$ 20 bilhões em incentivos até 2028. Além disso, empresas que têm fábricas no Nordeste e no Centro-Oeste, como a Stellantis, CAOA e BYD, tiveram a renovação de benefícios fiscais.
Afinal, a indústria brasileira não está viciada em incentivos? “Acho que o incentivo é importante para você desenvolver um mercado e uma região, mas não pode ser perene.”
Fonte: Brazil Journal
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