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Usinas usam transgênicos contra praga asiática

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
8 abril, 2025
em Usinas
Tempo de leitura: 7 minutos
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Home Bioenergia Usinas
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Molusco asiático causa prejuízos anuais de US$ 120 milhões às usinas das bacias do Paraná, Alto Paraguai, Tocantins e São Francisco e ameaça Amazônia

Molusco asiático causa prejuízos anuais de US$ 120 milhões às usinas das bacias do Paraná, Alto Paraguai, Tocantins e São Francisco e ameaça Amazônia — Foto: Divulgação

Uma pesquisa liderada pela CTG Brasil, empresa de capital chinês que é uma das maiores geradoras de energia no país, com 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, criou em laboratório um protótipo de mexilhão-dourado geneticamente modificado que, ao se misturar aos mexilhões invasores nos reservatórios das usinas, provoca infertilidade nas próximas gerações visando à eliminação da praga.

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O molusco asiático que não passa de 2 cm não tem predador, não é comestível e tem reprodução acelerada. É causa de prejuízos anuais de US$ 120 milhões às hidrelétricas das bacias do Paraná, Alto Paraguai, Tocantins e São Francisco e ameaça chegar aos rios da Amazônia.

Outras atividades impactadas são a piscicultura, uma vez que o peso de milhões de mexilhões pode provocar o afundamento dos tanques-redes, a captação, tratamento e distribuição de água, o ecoturismo e a biodiversidade dos rios.

Segundo estudo realizado em 2018 e custeado pela CTG, que calculou os custos de limpeza e perda de receita de usinas por indisponibilidade dos equipamentos para manutenção, o mexilhão-dourado (espécie Limnoperna fortunei) está presente em 38% das hidrelétricas do país, que são responsáveis por 55% da capacidade instalada.

Neste ano, a pesquisa está pausada, à espera de mais financiamentos e novos parceiros. Para a solução chegar efetivamente aos reservatórios, o gasto estimado é de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões.

O mexilhão modificado geneticamente foi criado na terceira fase do projeto nos laboratórios da Bio Bureau, empresa de biotecnologia e engenharia genética que sequenciou o genoma do molusco em 2013 e depois se inspirou na solução genética de combate ao mosquito da malária para desenvolver a técnica do gene-drive, que promove a herança de um gene específico visando a aumentar sua prevalência em uma população.

Desde 2017, o projeto integra o programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que obriga as usinas hidrelétricas a investir uma parte de seu faturamento em projetos de P&D. A CTG Brasil investiu R$ 2,5 milhões nas fases iniciais e mais R$ 5 milhões na terceira fase. As usinas Tijoá e Spic Brasil, que entraram na terceira fase, aportaram R$ 2 milhões cada uma.

Segundo Soraia Tamie Quicu, especialista de P&D da CTG, o projeto do mexilhão é um dos principais da empresa, representando 25% do seu compromisso anual de investimento no setor.

“O molusco atinge densidades de até 200 mil indivíduos/m2, promovendo o bloqueio de grades, tubulações e trocadores de calor de usinas hidrelétricas, onde a temperatura contribui para sua reprodução e seu crescimento. Além disso, causa danos a bombas, tanques, poços, túneis e estruturas de concreto, provocando paradas para manutenção mais frequentes e prolongadas”, afirma.

Outras parceiras do projeto são a Hubz, empresa de venture building especializada na estruturação de negócios inovadores e de P&D+I, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos.

Investimentos

Segundo levantamento dos parceiros, de 2009 a 2022, as empresas de energia investiram R$ 60 milhões dentro do programa da Aneel no desenvolvimento de métodos de controle do mexilhão, com destaque para a Rio Paraná Energia, que investiu R$ 17,7 milhões, e a Cemig-GT, com R$ 13,8 milhões.

Mauro Ribeiro, fundador e CEO da Bio Bureau e professor da UFRJ, estuda o molusco invasor desde 2005. Segundo ele, foi comprovado que não dá para exterminar a praga na água. Por isso, a opção pelo desenvolvimento da biotecnologia.

Na avaliação de Ribeiro, será preciso produzir uma quantidade grande de mexilhões para concluir os testes de eficácia e segurança em laboratório antes de ir para o teste de campo, onde terá de ser aplicado em um reservatório. A modelagem já mostra que, após a introdução, pode demorar pelo menos dez anos para controlar uma infestação.

“Temos a receita e a chance de ser o primeiro grupo a aplicar a tecnologia de gene-drive para o combate de uma espécie invasora no ambiente. O protótipo mostrou que é possível resolver, mas o primeiro uso do mexilhão dourado geneticamente modificado não vai ser para desinfestar e sim para impedir que um novo reservatório seja infestado.”

“Empresas de papel e celulose e de tratamento de água urbana têm que entrar nessa luta também”
— José Lavaquial

Segundo Soraia Tamie Quicu, da CTG, os efeitos combinados de eficiência ótima e mínima resistência se mostraram promissores na pesquisa, resultando no sucesso do gene-drive, com a população de mexilhões sendo eliminada completamente em 47 gerações (15,7 anos) após a introdução. “Mas uma redução de cerca de 47% na população já seria verificada após 3,3 anos da introdução.”

José Lavaquial, CEO da Hubz, diz que há muitos desafios na desinfestação do molusco invasor, que já atingiu os grandes lagos americanos e até a Europa, mas não é muito estudado no mundo. “As usinas têm as estruturas mais propícias para o mexilhão-dourado se proliferar. Ele não caminha, fica aderido, precisa de fluxo de água porque é um animal filtrador, mas não adianta só o combate das hidrelétricas. Empresas de papel e celulose, que usam muita água, e de tratamento de água urbana têm que entrar nessa luta também”, defende.

A Hubz desenvolveu uma metodologia inédita para contagem da infestação nos reservatórios, baseada em inteligência artificial e modelagem matemática. A ferramenta de IA processa imagens de satélite e a modelagem compila os dados, quantifica e prevê a evolução da população. Segundo Lavaquial, o método é muito preciso e rápido e necessita de amostras de somente 2% da área de estudo, em vez das amostras de 25% do modelo tradicional.

O método foi aplicado como teste nas hidrelétricas de Ilha Solteira, Jupiá, Três Irmãos e São Simão e identificou aproximadamente 100 bilhões de mexilhões em cada uma.

Novas tecnologias

Em uma quarta fase, com recursos próprios e do Finep, a Hubz criou um dispositivo autônomo de monitoramento do mexilhão-dourado, com câmera de alta definição e sensores ambientais de temperatura, pH, salinidade, vazão da água, oxigênio e turbidez, transmissão em tempo real e ferramenta de IA para reconhecimento e contagem de mexilhões. O protótipo já foi patenteado.

O mexilhão-dourado chegou à América do Sul na década de 1990, através do estuário do rio da Prata, por meio de água de lastro de navios cargueiros da China. Antes de chegar ao Brasil, afetou uma usina argentina.

O molusco está entre as três espécies invasoras mais prejudiciais aos ambientes brasileiros já identificadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). As outras são o coral-sol e o javaporco.

Os tratamentos empregados hoje por usinas hidrelétricas são em sua maioria de caráter químico, como por exemplo a aplicação de cloro na água, a ozonização e filtração da água e o uso de tintas anti-incrustantes nas estruturas afetadas.

A bióloga Caroline Henn, da Divisão de Reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu, diz que o mexilhão invasor foi identificado pela primeira vez na central hidrelétrica em abril de 2001.

“Tratava-se de um indivíduo adulto, aderido à parede da tomada d’água da unidade geradora 11. A partir de então, a empresa instituiu em seu plano operacional um programa destinado ao monitoramento e controle do impacto do mexilhão-dourado na usina”.

Houve contato com técnicos da usina Entidad Binacional Yacyretá, que tinha identificado o invasor em suas instalações em 1999. Foram instalados substratos artificiais no reservatório para acompanhar a colonização do mexilhão e avaliar a possível mitigação graças à predação por peixes e outros organismos nativos. Os meses de outubro a junho foram os de reprodução mais intensa.

Além das ações de monitoramento, encerradas em 2015, foram realizadas adaptações técnicas nas principais estruturas impactadas por entupimento, adotando orifícios maiores, de forma a evitar sua obstrução total e o diâmetro das tubulações do mancal guia da turbina, uma das estruturas afetadas, foi alterado de 2 para 3 polegadas.

Também foi aumentada a velocidade de fluxo da água através das estruturas do sistema de resfriamento e filtros. Velocidades acima de 1,8 metro por segundo se provaram eficazes para prevenir incrustações.

“Itaipu não chegou a acumular prejuízos em decorrência da colonização pelo mexilhão-dourado, já que o grande diâmetro das tubulações e as melhorias adotadas foram suficientes para evitar entupimentos graves e problemas para a geração de energia.”

Por: Eliane Silva | Fonte: Globo Rural

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