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Com a maior biorrefinaria da América Latina, Maranhão entra na rota do etanol de milho e da transição energética

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
4 agosto, 2025
em Biocombustíveis
Tempo de leitura: 9 minutos
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Home Bioenergia Biocombustíveis

A inauguração da Inpasa em Balsas marca a interiorização da produção de biocombustíveis no Brasil, fortalece a industrialização do Matopiba e amplia a oferta de etanol sustentável em um momento decisivo para a descarbonização da matriz energética nacional.

A inauguração da biorrefinaria da Inpasa em Balsas/MA marca um novo capítulo na geografia energética do Brasil e insere o Maranhão na rota da bioeconomia nacional. Maior produtora de etanol de milho da América Latina, a companhia expande suas operações para o Nordeste em um momento estratégico de crescimento do setor: só em 2025, a produção nacional deve ultrapassar os 10 bilhões de litros, com projeção de dobrar até o fim da década.

A chegada da companhia à região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) representa um marco importante para o sul do Maranhão. Nesta primeira fase, terá capacidade para processar 2 bilhões de toneladas de grãos (milho e/ou sorgo) por ano e produzir 925 milhões de litros de etanol.

Com investimento de R$ 2,5 bilhões, o governo do Maranhão concedeu um incentivo fiscal, com base na lei de incentivo à indústria. Assim, a empresa teve redução de cerca de 90% da carga tributária, sendo: 85% de redução de ICMS e 5% de redução da contribuição ao Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI).

“Este é um momento histórico para nossa economia, que passa a industrializar em larga escala o que antes era exportado sem valor agregado. Por isso, garantimos toda a segurança jurídica para a instalação da nova unidade da Inpasa em nosso estado, assegurando isenção fiscal para viabilizar o negócio. Investimento que além da geração de emprego, de sustentabilidade, vai proporcionar para município e estado maior arrecadação tributária, o que pode ser reinvestido em áreas importantes, como saúde e educação”, afirmou o governador Carlos Brandão.

A nova usina deve atender boa parte da demanda local por etanol hidratado, reduzindo a dependência logística de outras regiões e oferecendo ao consumidor maranhense um combustível mais competitivo frente à gasolina. O movimento reforça não apenas a interiorização da produção, mas também o papel do cereal na transição energética do país.

Neste início de agosto, o Brasil avança em sua agenda de descarbonização com a elevação da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina, que sobe de 27% para 30% (E30). A medida, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), também eleva a mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15% (B15).

Relator da Lei do Combustível do Futuro, sancionada em novembro de 2024, o deputado federal Arnaldo Jardim defende que os novos percentuais representam a forma mais custo-efetiva de descarbonizar a matriz de transporte.

“Com essa medida, caminhamos para a autossuficiência, reduzimos emissões e atraímos investimentos. Estamos destravando um ciclo virtuoso que agrega valor à nossa produção agrícola e à economia como um todo. O Brasil está no caminho certo para liderar a transição energética global”, informou o Arnaldo Jardim.

A mudança deve ampliar significativamente a demanda por etanol no país, abrindo novas oportunidades para a produção a partir do milho — especialmente em regiões onde a cultura é dominante e a presença de biorrefinarias tem crescido. Além de reforçar o compromisso ambiental do Brasil, a decisão cria um ambiente ainda mais favorável para a interiorização e verticalização da produção de biocombustíveis.

No caso do etanol de milho, o E30 representa um estímulo direto à expansão do setor, fortalecendo o modelo que agrega valor à produção de grãos e reduz a pegada de carbono da matriz energética nacional.

A União Nacional do Etanol de Milho (UNEM) colaborou com a iniciativa, ao lado de outras entidades do setor de biocombustíveis e representantes da indústria automotiva. “A viabilidade técnica do E30 foi comprovada com base científica sólida. Trata-se de uma medida madura, que fortalece a produção nacional, reduz a dependência de combustíveis fósseis importados e amplia o uso de energias limpas, beneficiando diretamente a economia e o consumidor brasileiro”, destacou Guilherme Nolasco, presidente executivo da Unem.

A maior biorrefinaria da América Latina, da Inpasa, que está localizada em Balsas, deve atender grande parte da demanda estadual por etanol hidratado, com a promessa de ampliar a oferta e fortalecer a competitividade frente à gasolina. “Temos uma alegria enorme de trazer para cá um produto com mais volumetria e oferecer ao consumidor maranhense uma alternativa mais competitiva e sustentável ao combustível fóssil”, afirmou Gustavo Mariano, vice-presidente da Inpasa.

Segundo Mariano, o etanol vem ganhando espaço não apenas no setor de transportes leves, mas também em motores pesados, com aplicações crescentes em máquinas agrícolas e de construção. O biocombustível também está no centro das discussões sobre o futuro da aviação — sendo considerado peça-chave para o desenvolvimento do combustível sustentável de aviação (SAF), que deverá abastecer aeronaves comerciais nas próximas décadas.

Durante o pronunciamento de inauguração da Inpasa em Balsas/MA, que ocorreu no dia 1 de agosto, Gustavo Mariano, destacou que o etanol de milho produzido na localidade é um grande vetor de transição energética e transformação sustentável. “Um mundo que busca cada vez mais soluções que deixem de lado o processo de carbonização. A Inpasa transforma uma tonelada de milho e sorgo em etanol anidro para a mistura na gasolina e hidratado para o consumo indireto”, reforçou.

“A presença da Unem na inauguração da Inpasa em Balsas/MA reforça a importância estratégica do etanol de milho para o Brasil e para o futuro da transição energética. Esta inauguração é um marco importantíssimo para o nosso setor”, afirmou Guilherme Nolasco durante o evento.

Outro avanço importante para a ampliação da demanda está na navegação marítima de longo curso, onde o etanol também passou a ser reconhecido como solução viável para a descarbonização do transporte internacional.

“Na Inpasa, temos orgulho de produzir um etanol com redução de emissão de gases de efeito estufa entre 80% e 92% em relação ao substituto fóssil”, destaca Mariano. “Isso contribui de forma expressiva para a mitigação das emissões globais e para a construção de um futuro muito melhor.”

Segundo Nolasco, o setor de etanol de milho já alcançou um patamar de produção robusto, com uma oferta mensal superior a 800 milhões de litros — volume que tem sido essencial para garantir o abastecimento nacional, especialmente durante a entressafra da cana-de-açúcar.

Para o ciclo 2025/26, a perspectiva é de aceleração no ritmo de crescimento. As projeções indicam um aumento superior a 20% na produção, com a oferta anual ultrapassando a marca dos 10 bilhões de litros. Se mantido esse ritmo de expansão, o etanol de milho poderá dobrar de tamanho em menos de uma década, atingindo a marca histórica de 20 bilhões de litros ao ano, consolidando-se como um dos pilares da matriz de biocombustíveis brasileira.

De acordo com um levantamento da consultoria Pátria Agronegócios, o Brasil já conta com 25 usinas em operação voltadas exclusivamente à produção de etanol de milho. Desse total, o Mato Grosso lidera o setor, com 11 unidades em funcionamento, seguido por Goiás (7), Mato Grosso do Sul (3), Paraná (1), Alagoas (1), São Paulo (1) e, mais recentemente, o Maranhão — com a inauguração da planta da Inpasa em Balsas.

O mapa da bioenergia, no entanto, continua em franca expansão. Segundo a consultoria, outras 10 usinas já receberam autorização para construção em diferentes regiões do país. O Mato Grosso volta a se destacar, com três novos projetos autorizados, seguido por Rio Grande do Sul (2), Tocantins (2), além de iniciativas pontuais na Bahia, Pará e Santa Catarina.

A projeção de crescimento é ainda mais expressiva: 20 novas unidades estão em fase de projeto, indicando o apetite da indústria por verticalizar a produção de grãos e ampliar a oferta de biocombustíveis no país. Do total planejado, 13 usinas devem se instalar no Mato Grosso, enquanto os demais empreendimentos estão distribuídos entre Bahia (2), Pará (2), Rondônia (1), Rio Grande do Sul (1), Piauí (1) e Paraná (1).

Segundo projeção apresentada pelo executivo durante a 10ª edição do TECO Latin America, evento voltado para a cadeia produtiva de etanol de cereais, a quantidade de usinas anunciadas ou em funcionamento deve ter um crescimento de 75% nos próximos anos.

“Se unirmos anúncios de novas construções e de empresas que nos prospectam, esse número deve chegar a 56 nos próximos anos”, afirma o gerente de desenvolvimento de negócios da Novonesis, Rafael Piacenza.

A expansão das usinas de etanol de milho deve redesenhar o mapa da bioenergia no Brasil. Hoje, mais de 70% da produção está concentrada no Centro-Oeste, mas o cenário começa a mudar com a chegada de novos empreendimentos em estados como Maranhão. A interiorização da indústria não apenas descentraliza a produção, como também abre espaço para o uso de outras matérias-primas além do milho, como sorgo, trigo e triticale — culturas adaptadas a diferentes regiões do país.

Para Rafael Piacenza, da Novonesis, o movimento é impulsionado pela busca global por fontes renováveis de energia e pelo bom momento vivido pelo setor. “O grande interesse é reflexo da procura por energias limpas e do retorno atrativo, com margens bastante competitivas”, destacou.

Além da produção de biocombustíveis, a nova planta da Inpasa em Balsas também terá foco na fabricação de etanol neutro e etanol para fins industriais específicos, com destino às indústrias de cosméticos, bebidas, perfumaria e farmacêutica. A diversificação reforça o potencial da biorrefinaria em atender diferentes cadeias produtivas com valor agregado.

Durante a cerimônia de inauguração, o vice-presidente da empresa, Gustavo Mariano, destacou a versatilidade do produto. “Trata-se de uma contribuição ampla e sustentável, com o etanol — inclusive o metanol, conhecido como álcool metílico — ganhando protagonismo em múltiplos segmentos da indústria brasileira”, afirmou.

A Inpasa Brasil anunciou a duplicação da operação da sua biorrefinaria de grãos em Balsas, no Maranhão. O novo ciclo de investimentos, estimado em R$ 2,5 bilhões, deve gerar 4,5 mil empregos diretos e indiretos na região e dobrar a capacidade de processamento da planta até o final de 2025.

Com as obras previstas para conclusão em dezembro deste ano, a usina passará a demandar cerca de seis mil toneladas de milho por dia. “O potencial de crescimento é expressivo, com capacidade de atrair novos negócios no entorno da cadeia de fibra, proteína e energia”, destacou o vice-presidente Comercial e de Operações da Inpasa, Flávio Peruzo.

Você sabe o que é DDGS e por que ele está se tornando estratégico para a pecuária brasileira? Acompanhe nossa próxima matéria especial e descubra como esse coproduto da produção de etanol de milho vem ganhando espaço como alternativa nutricional de alto desempenho no confinamento e na alimentação animal.

Vamos mostrar também como a Inpasa tem investido fortemente na produção de DDGS e no aproveitamento total do milho, promovendo eficiência, sustentabilidade e valor agregado no campo.

Por: Andressa Simão | Fonte: Notícias Agrícolas

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