Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
terça-feira, novembro 18, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

A nova onda dos biocombustíveis como estratégia de descarbonização – Por: Rodrigo C. A. Lima

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
26 maio, 2023
em Biocombustíveis
Tempo de leitura: 6 minutos
A A
0
Home Bioenergia Biocombustíveis
Compartilhe no WhatsappShare on TwitterCompartilhe no Linkedin

A tônica do debate global sobre como alcançar a neutralidade climática até 2050, coração do Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global em no máximo 1,5ºC, exige se debruçar sobre como promover a tão almejada transição energética. Vale ponderar que 72% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs) advêm do setor de energia.

O “World Energy Outlook 2022”, da International Energy Agency, estima investimentos em energia limpa de mais de US$ 2 trilhões por ano até 2030, considerando as metas climáticas apresentadas pelos países por meio de suas contribuições nacionalmente determinadas, conhecidas como NDCs.

Leia mais

Setor de biocombustíveis lança carta e propõe quadruplicar combustíveis sustentáveis até 2035

Etanol de milho registrou crescimento de 16,73%

FS eleva receita e lucro no 2º trimestre de 2025/26 com maior produção de etanol

Etanol hidratado sobe 0,78% e anidro avança 0,92% nesta semana nas usinas paulistas

O plano de implementação de Sharm El-Sheikh, aprovado na COP-27, em 2022, aponta que são necessários US$ 4 trilhões de investimentos anuais em energias renováveis até 2030. Para o “World Energy Transitions Outlook 2023”, são necessários investimentos da ordem de US$ 5 trilhões anuais para que seja possível atingir a meta de neutralidade climática.

Todas as 166 NDCs submetidas pelos países até setembro de 2022 sugerem ações climáticas no setor de energia, o que enseja catalisar políticas que fomentem a geração de energia elétrica, eficiência energética, melhorias na transmissão de energia e fontes energéticas para transporte. Vale apontar que 58 países consideram o uso de biocombustíveis como parte de suas ações.

Neste cenário, é relevante questionar qual será o papel dos biocombustíveis como estratégia de descarbonização da matriz de transportes e de geração de energia elétrica no Brasil.

Em 2022, o consumo de biocombustíveis somou 26,74 bilhões de litros de etanol (anidro e hidratado) e 6,19 bilhões de litros de biodiesel. De acordo com o Plano Decenal de Energia (2022), a demanda por biocombustíveis vai alcançar 54,7 bilhões de litros em 2030, sendo 43 bilhões de litros de etanol e 11,7 bilhões de litros de biodiesel.

Como política de estímulo aos biocombustíveis, que favorece a eficiência na produção ao precificar o carbono nos ciclos produtivos, o RenovaBio é uma estratégia brasileira para catalisar a descarbonização no setor de transportes.

Entre março de 2003 e maio de 2020, o consumo de etanol evitou a emissão de mais de 515 milhões de toneladas de CO2eq, de acordo com cálculos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), baseados em dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em meio a visões de que a eletrificação dos transportes é a saída para a descarbonização, é estimulante observar as movimentações no mercado de biocombustíveis. Para tanto, é válido considerar que o debate atual envolve, além da diversificação de matérias-primas, avanços nas tecnologias de produção, biocombustíveis de 2ª geração, combustíveis de aviação sustentáveis ou “sustainable aviation fuels” (SAFs), produção de hidrogênio verde, geração de eletricidade a partir de biomassa e biogás gerados pelos insumos usados na produção de biocombustíveis, produção de grãos secos por destilação (DDG) para ração animal, dentre outros fatores.

Na prática, o Brasil deixou a primeira onda dos biocombustíveis e gerou uma enorme bagagem de aprendizados tecnológicos que permitem com que o País tenha, além dos carros flex e dos motores e ônibus a biodiesel, uma matriz de inovação composta por etanol avançado, SAF, biogás para eletricidade e transporte, biometano, que substitui o uso de diesel, bioeletricidade e, em um futuro próximo, hidrogênio verde.

Reduzir as emissões de GEEs é um cobenefício dessa matriz de energias renováveis baseadas nos biocombustíveis. O grau de inovação das novas plantas reflete o que se denomina economia circular, onde todos os insumos e coprodutos são utilizados e geram diversos produtos renováveis.

É preciso, ainda, considerar os benefícios socioeconômicos gerados pelos biocombustíveis, afinal, há uma inerente correlação entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS13 (mudanças do clima), ODS7 (segurança energética), ODS9 (indústria, inovação e infraestrutura), ODS 11 (cidades e comunidades sustentáveis), ODS 2 (segurança alimentar), dentre outros.

Basta observar a trajetória do etanol de milho tropical, que há apenas alguns anos basicamente não existia. Na safra 2022/23 foram produzidos aproximadamente 4 bilhões de litros de etanol de milho e em 2030 espera-se alcançar 9 bilhões de litros. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê 33 novas usinas de etanol de milho até 2032. O etanol de milho brasileiro usa milho da 2ª safra, o que traz ganhos expressivos no balanço de GEEs, além de agregar biomassa de eucalipto e outras fontes.

Na agenda de SAF, o Brasil possui o ProBioQAV como política pública, que visa incentivar a produção e o consumo de SAF baseado em mandato para reduzir as emissões pelos operadores aéreos, incentivos à inovação para produção de SAF e diretrizes para o subsídio à pesquisa e ao desenvolvimento, logística, tributação, governança e metas de descarbonização.

O ímpeto de investimentos no setor não se restringe ao Brasil. A “Honeywell International” e o “Summit Agricultural Group” anunciaram recentemente construção da maior planta de SAF do mundo, somando US$ 1 bilhão, para produzir a partir de etanol de várias fontes. Na Europa, o “World Fuel Services” e o “Neste” assinaram acordo para ampliar a produção de SAF, saltando de 13 para 40 aeroportos abastecidos.

O mantra da descarbonização passa pela criação de políticas que estimulem novos negócios e investimentos de baixo carbono. A nova onda dos biocombustíveis inaugura uma fase exponencial de desenvolvimento de baixo carbono, de empregos verdes, de inovação de ponta.

Vale considerar, ainda, que a descarbonização propiciada por esses investimentos em transição energética para geração de energia elétrica e transportes dará, às empresas brasileiras, capacidade de produzir com menos emissões de GEEs. Em tempos de medidas de carbono na fronteira, isso é um diferencial competitivo que não pode ser menosprezado.

A meta climática brasileira tem nos biocombustíveis um aliado enorme para descarbonizar emissões de transporte e da geração de eletricidade. A nova onda dos biocombustíveis no Brasil contribuirá significativamente para as metas climáticas do País e, muito além disso, fortalecerá a economia e o desenvolvimento brasileiros.

Rodrigo C. A. Lima

Sócio-diretor da Agroicone, advogado, doutor em Direito das Relações Econômicas Internacionais pela PUC-SP, possui 19 anos de experiência em comércio internacional, meio ambiente e desenvolvimento sustentável no setor agropecuário e de energias renováveis

Fonte: Broadcast

◄ Leia outras notícias

Clique AQUI, entre no grupo de WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real ou nos acompanhe através do Telegram

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

Câmara aprova urgência para marco temporal de terras indígenas; governo libera a base

Próximo post

Etanol/Milho: FS começa a operar unidade em primavera do leste (MT); custo da obra ficou aquém do previsto

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Etanol/Cepea: Indicadores seguem em queda

Setor de biocombustíveis lança carta e propõe quadruplicar combustíveis sustentáveis até 2035

18 novembro, 2025
Saiba quem são as três maiores produtoras de etanol de milho no Brasil

Etanol de milho registrou crescimento de 16,73%

17 novembro, 2025
FS eleva receita e lucro no 2º trimestre de 2025/26 com maior produção de etanol

FS eleva receita e lucro no 2º trimestre de 2025/26 com maior produção de etanol

12 novembro, 2025
Preço do etanol hidratado em queda, mas fatores de mercado sinalizam estabilização dos valores

Etanol hidratado sobe 0,78% e anidro avança 0,92% nesta semana nas usinas paulistas

10 novembro, 2025
ETANOL: Indicadores seguem em queda

Itália ajuda Brasil a promover biocombustíveis na Europa

7 novembro, 2025
MME irá avaliar viabilidade de misturas com altos teores de biocombustíveis

MME irá avaliar viabilidade de misturas com altos teores de biocombustíveis

30 outubro, 2025
Etanol: anidro e hidratado fecham pela 2ª semana em queda no Indicador da USP

Produção de etanol nos EUA cai 1,89% na semana, para 1,091 milhão de barris por dia

30 outubro, 2025
Etanol de milho já vislumbra superar o longo domínio da cana

Etanol de milho já vislumbra superar o longo domínio da cana

27 outubro, 2025
Magda: Estamos “a postos” para obter 25% na mistura do biodiesel no diesel

Magda: Estamos “a postos” para obter 25% na mistura do biodiesel no diesel

24 outubro, 2025
Mercedes-Benz e Be8 vão levar biocombustível que reduz emissões em 65% à COP30

Mercedes-Benz e Be8 vão levar biocombustível que reduz emissões em 65% à COP30

24 outubro, 2025
Carregar mais
Próximo post

Etanol/Milho: FS começa a operar unidade em primavera do leste (MT); custo da obra ficou aquém do previsto

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36