De acordo com Ulysses Carvalho, trader sênior da Sucden, o Brasil está “dando as cartas” no mercado global de açúcar
O terceiro painel do 8º SANTANDER DATAGRO Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol, realizado nesta quarta-feira (6), trouxe a visão dos traders sobre o mercado sucroenergético. Sob a moderação de Marcelo Bosquetti, diretor comercial da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), palestraram Ulysses Carvalho, trader sênior da Sucden; Guilherme Correia, trader da Louis Dreyfus Company (LDC); e Ricardo Alves, trader sênior de originação da Raízen.
Na visão de Marcelo Bosquetti, as irregularidades climáticas devem continuar. “Parece que vai ser uma constante, o que deve afetar todas as commodities, não só o setor sucroalcooleiro”. Apesar dos desafios, o diretor comercial da CMAA enalteceu a resiliência de toda a cadeia sucroenergética. “A safra que está terminando mostrou a versatilidade do nosso setor, o quanto somos resilientes”.
Continue lendo
Para Ulysses Carvalho, a safra 2023/24 deixará saudades. O perfil climático do segundo semestre do ano passado, disse o trader sênior da Sucden, traz uma preocupação muito grande para a próxima temporada, visto que abrange um período crucial para o desenvolvimento vegetativo dos canaviais.
A despeito das adversidades trazidas pelo clima, o Brasil, ressaltou Ulysses, está “dando as cartas” no mercado global de açúcar. No cenário, mundial, o trader destaca a capacidade de crescimento da Indonésia, que desponta como uma potência no Sudeste Asiático.
Guilherme Correia falou sobre a dependência mundial pelo açúcar oriundo do Brasil e o esforço do mercado brasileiro em suprir a demanda, tendo em vista os desafios logísticos. “Com a antecipação da demanda, os estoques de açúcar bruto no Brasil devem se manter em níveis confortáveis ao longo da safra, mesmo com o forte ritmo de moagem e mix açucareiro esperado para a safra 2024/25”.
Conforme anunciado por Ricardo Alves, a Raízen estima a moagem de cana no Centro-Sul em 609,7 milhões de toneladas no ciclo 2024/25, ante 660,0 mi de t em 2023/24; no que diz respeito à produção de açúcar, a empresa projeta 41,5 mi de t na nova temporada, contra 42,6 mi de t em 2023/24. A produção total de etanol deve recuar de 33,7 bilhões de litros para 31,8 bi de litros na nova safra.
Fonte: DATAGRO
Clique AQUI, entre no canal do WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.