Argentinos têm buscado mais soja no exterior, especialmente no Brasil, para processá-la e para exportar farelo e óleo
As empresas agroexportadoras da Argentina poderão dispor livremente, durante o mês de setembro, de 25% das divisas que gerarem para comprar soja, de acordo com um decreto publicado na terça-feira (5) no Diário Oficial, uma decisão do governo que busca melhorar o preço interno da soja para acelerar as vendas do grão.
A medida, cujo objetivo final é reforçar as escassas reservas cambiais do banco central (BCRA) com um aumento nas exportações de soja e seus derivados de óleo e farelo, foi antecipada pelo governo na semana passada.
Embora o Secretário da Agricultura tenha dito inicialmente, em uma coletiva de imprensa na última terça-feira (5), que a moeda estrangeira estaria disponível apenas para as importações de soja, o decreto não faz tal esclarecimento. Uma fonte da secretaria disse que ela poderia ser usada para compras internas e externas.
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“Setenta e cinco por cento (75%) do contravalor de exportação das mercadorias (…) devem ser trazidos ao país em moeda estrangeira e negociados por meio do Mercado de Câmbio Livre (MLC), enquanto os vinte e cinco por cento (25%) restantes estarão disponíveis livremente”, de acordo com o decreto presidencial.
Devido às suas baixas reservas, a Argentina converte automaticamente em pesos os dólares que entram no país para exportação — atualmente fixados até o final de outubro em 350 pesos por dólar — enquanto o acesso à moeda estrangeira para a importação de produtos é altamente regulado pelo Estado.
Com a medida, os agroexportadores poderiam trocar 25% da moeda estrangeira nos mercados de câmbio alternativos “CCL” ou “MEP”, onde os ativos são comprados em pesos e convertidos em dólares para garantir o poder de compra diante da pressão de desvalorização da moeda argentina.
Fonte: Forbes Agro
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