O presidente da Enauta, Décio Oddone, disse nessa quarta-feira (30) que não planeja integrar a equipe do futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que seguirá no comando da companhia de óleo e gás.
Em resposta a notícias veiculadas na imprensa sobre uma possível participação no futuro governo, Oddone afirmou que mantém seu compromisso com os acionistas da Enauta, registrado em contrato com vigência até 2025, e que pretende cumpri-lo “para concluir o processo de transformação em curso na companhia”.
Segundo comunicado, buscando contribuir para o avanço do setor e do país, o executivo, a pedido do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), apresentou sugestões de políticas para o setor de óleo e gás, mas não está envolvido em discussões sobre possíveis cargos no governo.
Na contribuição enviada a Alckmin, Oddone afirmou que o Brasil precisa aproveitar a oportunidade aberta para explorar intensamente as reservas de petróleo e gás natural do país, diante do fato de que a segurança energética ganhou maior relevância ao lado da descarbonização.
Segundo ele, o Brasil possui um papel relevante na transição energética global, mas precisa explorar assertivamente suas reservas, inclusive destinando parte da produção à exportação, para levantar recursos que seriam direcionados para reduzir a pobreza e ajudar no financiamento de projetos de descarbonização.
Oddone defendeu ainda a manutenção do programa de desinvestimentos da Petrobras no refino e a busca por mercado de gás natural mais aberto e competitivo. A maior concorrência na exploração e produção, com a entrada de mais players no mercado com o fim do monopólio da Petrobras, não se repetiu nestes segmentos, de acordo com o executivo, que também é ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Fonte: Valor Econômico
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