Eleiçoes 2022 – Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir padronizar o fim da votação para as 17 horas de Brasília no domingo, independente do fuso horário, o que deve agilizar a apuração e a totalização de votos, institutos de pesquisa decidiram abrir mão dos levantamentos de boca de urna, que costumavam antecipar o resultado das eleições. Ao Broadcast Político, as assessorias de alguns dos principais institutos justificaram o abandono do modelo.
“Não tem mais sentido fazer boca de urna, pois o resultado só pode ser divulgado após o fim da eleição e nessa hora as prévias do TSE já começam a sair, com um número de votos muito superior ao do número de pessoas que seriam ouvidas na boca de urna”, justificou a assessoria do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, o Ipec.
De acordo com Felipe Nunes, cientista político e CEO da Quaest, “as pesquisas de boca de urna têm prazo de validade muito curto”. Ele também afirmou que “com a agilidade de apuração permitida pelas urnas eletrônicas, o tempo entre o encerramento da votação e a liberação dos primeiros resultados oficiais é cada vez menor”.
O Datafolha também foi procurado pelo Broadcast Político. De acordo com o instituto, há dez anos eles não fazem pesquisa de boca de urna, e não há pretensões de realizar levantamentos no modelo.
Boca de Urna
A pesquisa de boca de urna é feita com pessoas que acabaram de sair do local de votação para antecipar o provável resultado das eleições. De acordo com o TSE, os resultados desse tipo de pesquisa só podem ser divulgados após concluída a votação em todo o País.
A regra visa evitar que os dados influenciem na escolha do eleitor. As demais pesquisas eleitorais, no entanto, podem ser divulgadas a qualquer momento – inclusive no dia da votação, desde que os institutos registrem a pesquisa em até cinco dias antes.
A pesquisa boca de urna não se confunde com a propaganda boca de urna, que é vedada pela legislação eleitoral.
Fonte: Estadao
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