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Etanol de milho já vislumbra superar o longo domínio da cana

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
27 outubro, 2025
em Biocombustíveis
Tempo de leitura: 5 minutos
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Home Bioenergia Biocombustíveis
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Avanço do biocombustível a partir do cereal eleva concorrência com o setor sucroenergético do Centro-sul do Brasil

Usina de etanol de milho em Mato Grosso do Sul. Produção do biocombustível a partir do cereal está em crescimento — Foto: Wenderson Araújo/CNA

Cinquenta anos após o Proálcool criar para as usinas de cana-de-açúcar do país um enorme mercado alternativo ao tradicional açúcar brasileiro, as empresas do setor estão agora em uma sinuca de bico. Além de se depararem no momento com a volta da Índia e da Tailândia ao mercado global de açúcar, as usinas brasileiras deverão em menos de dez anos perder o domínio da oferta nacional de etanol para as usinas de etanol de milho.

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Nas projeções da consultoria Datagro, com as usinas de etanol de milho que estão hoje em operação, em construção e em projeto, a capacidade instalada de produção de etanol a partir do cereal será de 24,7 bilhões de litros em 2034. O volume é praticamente o que as usinas de etanol de cana produzem atualmente — nesta safra, devem fabricar 25 bilhões de litros. E não há perspectivas de que elas aumentem sua produção na próxima década.

Isso significa que, daqui nove anos, metade da produção brasileira de etanol será oriunda do processamento de milho. E, ainda que se trate da mesma molécula, o etanol de milho é muito mais competitivo do que o etanol de cana.

Com os preços atuais de milho e de DDG (coproduto do processamento do grão), o etanol fabricado em uma usina em Sorriso, por exemplo, custa R$ 1,82 o litro, enquanto o custo de produção de etanol de cana (sem considerar o custo financeiro) é 60% maior, de R$ 2,86 o litro. Mesmo que o preço do DDG caia, o que eliminaria o crédito que as usinas de etanol de milho têm com sua venda, o custo de produção de etanol do cereal iria para R$ 2 o litro, ainda abaixo do de cana.

Mesmo o etanol produzido em regiões onde o milho é mais caro ainda tem se mostrado mais competitivo do que o etanol de cana. Tem sido o caso do Nordeste. Com o início da oferta de etanol de milho da usina da Inpasa em Balsas (MA), o litro do etanol anidro está chegando na Paraíba R$ 0,20 abaixo do preço local do produto, mesmo pagando frete para uma distância de mais de mil quilômetros, afirmou Edmundo Barbosa, presidente do Sindaçúcar-PB.

Apesar de haver oito usinas no Estado, a Paraíba depende da produção de etanol anidro de outros Estados para abastecer sua demanda interna. Porém, há relatos de distribuidoras que já estão priorizando a venda local de etanol de milho do Maranhão do que a do produto feito localmente.

Segundo Nastari, a entrada do etanol de milho que vem sendo produzido no Centro-Oeste e agora também no Matopiba vai reduzir significativamente o déficit de oferta de etanol no Nordeste. “Nós prevemos que, até 2030, 85% do déficit do Nordeste acabará”, afirmou.

Na safra passada regional (2024/25, encerrada em agosto), o consumo de etanol na região foi 3,95 bilhões de litros maior do que a produção local. Nesta temporada, a diferença deve cair para 3,5 bilhões de litros, com a entrada de 420 milhões de litros de etanol de milho, estimou a Datagro.

Centro-sul terá pressão da concorrência

A entrada do etanol de milho no Nordeste deverá tomar o mercado que hoje é atendido pelo etanol que as usinas do Centro-Sul atendem via cabotagem. “Haverá mais etanol no Centro-Sul”, afirmou Nastari.

O cenário de pressão da concorrência já está colocado para a próxima safra do Centro-Sul. Em fevereiro, entrará em operação a usina da Inpasa em Luís Eduardo Magalhães (BA). Com esta e outras usinas de etanol de milho começando a operar, a produção adicional de etanol de milho na próxima safra deverá ser de 3 bilhões a 3,5 bilhões de litros, segundo a Datagro.

A concorrência no mercado de etanol vem em um momento em que as usinas de cana também enfrentam a perspectiva de maior oferta de açúcar de outros países, o que está derrubando os preços internacionais — ontem, os contratos para março de 2026 fecharam a 15,24 centavos de dólar a libra-peso. Na cotação atual, o preço do açúcar vem dando prejuízo às usinas de cana, já que o custo médio de produção no Centro-Sul está em 16,40 centavos de dólar a libra-peso, segundo a Datagro.

A safra na Índia acaba de começar e as perspectivas são de recuperação da produção — a consultoria estima que o país produzirá 32,1 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, já descontado o volume destinado à produção de etanol. Ainda que o país venha aumentando a demanda por etano para atender seu programa de mistura, hoje em 20%, a produção indiana de etanol vem crescendo em boa parte graças a investimentos também em etanol de cereais.

Como consequência, a oferta de açúcar da Índia voltou a pressionar o mercado. “O Brasil voltou a ser percebido como um fornecedor marginal do mercado [de açúcar]”, afirmou Nastari.

Há um consenso entre analistas e executivos de usinas de que o preço do açúcar deverá ter alguma correção para cima nos próximos meses, dado que os fundos especulativos estão com forte posição vendida na bolsa, o que pode ser recomprado em algum momento.

Por ora, porém, os fundamentos não abrem espaço para aumento de preços, já que o mercado global deve ter uma safra global com superávit de oferta. Sem margem no mercado de açúcar e com pressão de concorrência no etanol, as usinas de cana devem entrar em um novo ciclo de aperto financeiro.

Por: Camila Souza Ramos | Fonte: Globo Rural

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