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Etanol de milho ou cana-de-açúcar? Entenda a diferença e as vantagens

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
9 de dezembro de 2024
em Biocombustíveis, Bioenergia
Tempo de leitura: 5 minutos
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Home Bioenergia Biocombustíveis

Apesar da cana ser a principal matéria-prima utilizada na produção de etanol brasileiro, milho tem ganhado desde 2012

Quimicamente, o etanol de milho é igual ao etanol feito da cana-de-açúcar – cuja molécula é C2H6O. O processo de produção, porém, tem várias diferenças, o que implica diferentes estrutura de custos para cada cadeia, sazonalidades, impactos nos preços de alimentos e pegada ambiental. Entenda!

Diferenças desde a lavoura

A cana-de-açúcar é uma cultura semiperene, ou seja, cuja planta pode ser cortada por alguns anos sem que precise ser replantada, enquanto o milho é uma cultura anual, que precisa ser plantada todo ano.

Outra diferença é sobre o custo da matéria-prima para a usina. Enquanto o custo do milho varia conforme os preços internacionais do grão, que balizam as cotações domésticas, o custo da cana está atrelado à oscilação dos preços do açúcar no mercado internacional e do etanol no mercado doméstico, conforme acordo setorial acertado através dos Conselhos dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol (Consecana) de cada Estado.

Além disso, enquanto a cana-de-açúcar precisa ser moída até 48 horas após ser colhida, o milho pode ser processado muito tempo depois da colheita. Desta forma, a fabricação do etanol feito da cana-de-açúcar ocorre apenas na época da colheita da gramínea, entre abril e novembro.

Isso faz com que, entre dezembro e março, praticamente não exista oferta nova de etanol feito da gramínea, o que provoca uma pressão de alta sobre o preço do biocombustível.

Já as usinas de etanol de milho podem produzir o biocombustível em qualquer época do ano, independentemente da época da colheita do grão (a colheita da segunda safra, de maior volume, ocorre de maio a setembro), já que as indústrias podem recorrer ao milho guardado nos armazéns.

Isso permite que haja oferta de etanol de milho praticamente o ano todo, reduzindo a volatilidade do preço do biocombustível. Isso também permite que a usina antecipe compras de milho e o armazene quando o preço está mais baixo, o que minimiza o risco de que uma alta no preço do grão pressione igualmente o custo de produção.

Desta forma, os custos de produção do etanol de milho e de cana variam muito conforme o preço da matéria-prima e a localização da usina, fatores que podem favorecer uma ou outra rota de produção.

Na indústria

O processo de produção na indústria também é diferente. Enquanto o milho deve ser primeiramente triturado, a cana é lavada com água antes da moagem, para retirar as impurezas do solo.

Outra diferença entre está na origem da energia que move a indústria. Enquanto no setor de cana, a maioria das usinas queima o próprio bagaço da cana processada e utiliza a energia gerada em sua própria estrutura, além, de vender o excedente no mercado, nas indústrias de milho é preciso comprar a matéria-prima para gerar essa energia, o que gera um custo adicional. Em geral, utiliza-se cavaco de madeira de eucalipto para cogerar energia para as plantas de etanol de milho.

Qual etanol é melhor, de milho ou de cana?

Uma tonelada de milho produz muito mais etanol do que uma tonelada de cana. De acordo com estimativas mais recentes, 1 tonelada de milho consegue produzir entre 380 litros e 410 litros de etanol, enquanto 1 tonelada de cana produz 43 litros do biocombustível, segundo dados da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) da safra 2024/25.

Já a produtividade agrícola da cana é muito maior do que a do milho, o que faz com que seja necessário menos área de plantio para produzir etanol de cana do que etanol de milho. Com isso, em média 1 hectare de cultivo de cana é capaz de produzir 6,8 mil litros de etanol, enquanto 1 hectare cultivado com milho consegue produzir entre 2,3 mil a 2,5 mil litros do biocombustível.

Porém, como o milho é produzido em duas safras no Brasil – ou seja, utilizando a mesma área para duas colheitas no ano –, a extensão física necessária para o cultivo de milho para a produção de etanol pode ser menor.

Benefício ambiental

O etanol feito da cana no Brasil tem, na média, um poder de poupar emissões de gases do efeito estufa ligeiramente maior do que o etanol feito do milho, se for considerada a metodologia da análise do ciclo de vida (ACV), que considera a pegada de carbono desde a produção da biomassa no campo até a queima do biocombustível nos motores.

Cada unidade de megajoule de energia gerada pela queima do etanol hidratado feito de cana no Brasil poupa, em média, a emissão de 59,28 gramas de gás carbônico equivalente em comparação com a energia gerada da gasolina.

Esse número é apenas um pouco melhor que a vantagem ambiental do milho, já que um megajoule de energia gerado da queima do etanol hidratado feito de milho no Brasil poupa, em média, 57,05 gramas de CO2 equivalente, de acordo com a média das notas de eficiência das usinas cadastradas no RenovaBio em novembro de 2024. Esses números não consideram a pegada das usinas “flex”.

Porém, a parcela do etanol feito da cana que consegue ter sua pegada de carbono rastreada, ao menos no programa RenovaBio, é bem maior do que a do etanol de milho.

Enquanto 88,8% da produção de etanol de cana das usinas certificadas no RenovaBio poderia obter remuneração pela pegada ambiental (através da venda de Créditos de Descarbonização) em 2024, apenas 60% da produção de etanol de milho das usinas certificadas estava apta a usufruir do benefício.

A diferença reflete a maior dificuldade de rastrear a origem do milho plantado, já que a cadeia do cereal tem intermediários, como tradings, cooperativas e cerealistas, que juntam a produção do grão de diversos produtores em um mesmo silo, enquanto a cana é mais fácil de ser rastreada porque a relação entre fornecedores e usinas é direta.

Por: Camila Souza Ramos Fonte: Globo Rural

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