Outono começa mais seco no centro do país, prevê consultoria meteorológica de negócios
O fenômeno El Niño, que causa aquecimento das águas do oceano Pacífico, já começa a perder força e corta, um pouco mais cedo, as chuvas no país, colocando em risco a segunda safra de milho, especialmente na região central.
A previsão é da Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios. O outono, que começa nesta quarta-feira, 20, inicia quente na maior parte do país e com as chuvas de março abaixa da média histórica.
“Teremos um abril mais seco que o normal no centro do país, em São Paulo, Tocantins, Minas Gerais. Com o El Niño perdendo força, as chuvas podem ser cortadas antes do tempo, colocando em risco a segunda safra de milho no país”, diz a sócia e meteorologista da Nottus, Desirée Brandt.
Ela lembra que o El Niño atrasou o início das chuvas deste verão em 45 dias, prejudicando o plantio de soja no verão. Com isso, o calendário para o plantio da segunda safra de milho também ficou mais apertado e será afetado pela escassez de chuvas. O calor excessivo neste mês de março também já afetou a produtividade de diversas lavouras, incluindo a de milho no Paraná.
A meteorologista lembra que a chuva ganhou intensidade a partir de janeiro, embora tenha ocorrido de forma localizada. No entanto, o Nordeste encerra o verão com precipitação superior à média devido à contribuição do oceano Atlântico, cuja temperatura está acima da média ao longo da costa da região.
Com isso, a chuva na costa da região Nordeste deve ultrapassar a média histórica, especialmente na metade do outono, prejudicando a geração de energia eólica na região. No ano passado, o Nordeste chegou a produzir mais de 80% de toda a energia eólica gerada no país.
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