O fenômeno climático La Niña tem 75% de chances de estar ativo já durante a safra 2024/25, que começa a partir de julho no Brasil. É o que apontam os dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), principal referência internacional de monitoramento dos fenômenos climáticos.
Neste início de março, o planeta continua sob efeitos do El Niño, que teve alta intensidade em 2023, mas caminha para a neutralidade entre abril e junho.
“O cenário deve mudar rapidamente nos próximos meses. Entre julho e agosto, podemos ter o início do La Niña, o que traz impactos extremamente importantes para o agronegócio brasileiro”, afirma Willians Bini, meteorologista e Chief Climate Officer (CCO) da FieldPRO. Com isso, o inverno deste ano já deve ter interferência do fenômeno.
Bini lembra que o El Niño atual foi precedido por três anos consecutivos de La Niña, que provocaram secas históricas em lavouras de milho e soja na região Sul. A chegada do novo fenômeno acende o alerta para novas possíveis estiagens.
O que esperar para a próxima safra?
“Em primeiro lugar, chuvas irregulares. Até mesmo uma estiagem no Sul pode marcar a próxima safra”, diz o meteorologista. Na região Centro-Oeste, principalmente em Mato Grosso, o início das chuvas deve se atrasar, mas isso não significa uma “ausência de chuva”, e sim que o período úmido deve começar mais tarde.
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