As condições climáticas favoráveis e os investimentos que os produtores fizeram nos canaviais do Centro-Sul nos últimos meses favorecem uma forte recuperação da atividade sucroalcooleira na próxima safra (2023/24), que pode voltar aos níveis pré-La Niña. Em suas novas projeções, a consultoria Datagro estima que a moagem vai crescer 6,9% na região, alcançando 590 milhões de toneladas, um volume similar ao de safras anteriores.
Ao mesmo tempo, a concentração de sacarose deve ter um leve aumento, o que elevará ainda mais a quantidade de matéria-prima para a produção de açúcar e etanol. A estimativa da consultoria é de que a concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) deve crescer 0,8%, a 141,5 quilos por tonelada de cana.
A depender do comportamento do clima nos próximos meses, as projeções ainda podem mudar. Por isso, a Datagro estabeleceu uma faixa para a estimativa de moagem, entre 574 milhões e 602 milhões de toneladas, assim como para o teor de sacarose na cana. Independentemente das oscilações, a quantidade total de sacarose disponível já deve ser maior do que na safra atual (2022/23). Dessa forma, por mais que o mix seja mais açucareiro, tanto a produção de açúcar quanto a de etanol vão aumentar.
A Datagro projeta um crescimento de 13% na produção de açúcar do Centro-Sul, para 38 milhões de toneladas, enquanto a de etanol deve subir 6,2%, para 31,1 bilhões de litros, amparada também pelo aumento da produção a partir do milho. Do total de cana processada, 47,9% deve ir para a produção de açúcar, acima dos percentuais das últimas safras.
O milho deverá ser responsável pela produção de 5,6 bilhões de litros de etanol, ou 21,7% a mais do que nesta safra.
A consultoria estima ainda que o consumo doméstico de etanol será de 28,6 bilhões de litros. Já as exportações deve chegar a 2,4 bilhões de litros.
Fonte: Valor Econômico
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