Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), calcula que o PIB do setor deve crescer 8% em 2023
O agronegócio encontra-se entre os maiores negócios da economia brasileira, devido a sua capacidade de expansão de produção e de geração de empregos em todo o país. O Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), projeta uma crescente de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor neste ano, sendo o maior crescimento desde 2017, quando a alta foi de 14,2%.
Para a Prof. Dra. Carla Voltarelli, coordenadora do curso de Engenharia Agronômica do Centro Universitário Facens, o avanço da tecnologia, que gera soluções inovadoras e sustentáveis para a produção, permite que o agro alcance níveis cada vez mais altos de desempenho. “Hoje, o agronegócio representa quase 30% do PIB brasileiro e emprega mais de nove milhões de pessoas”, comenta.
A especialista ressalta que essa alta gera milhares de oportunidades de emprego em diversas áreas dentro do setor. Um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostra que a população ocupada (PO) no agronegócio totalizou 19 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2022 — um aumento de 4,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Dentre os segmentos do agro, os destaques de contratações de pessoas foram nas áreas de agroindústrias (+371.98 mil) e agrosserviços (+605.73 mil), frente ao mesmo período do ano passado.
“Os estudos indicam que esse avanço representa uma recuperação de postos de trabalhos que foram perdidos em decorrência da pandemia. Isso se deve também às variações positivas observadas em todas as áreas de atuação no setor”, diz Voltarelli.
Qualificações de novos profissionais
Para suprir uma demanda de mão de obra cada vez maior no mercado, a formação de Engenharia Agronômica possui uma ampla área de trabalho. Os profissionais podem atuar nas etapas do processo de produção, lavouras e na pecuária, como prestador de serviços para empresas ou, até mesmo, empreender no campo.
Mas, com a tecnologia, surgem novas oportunidades e a aposta do mercado agro está na implementação de projetos digitais. “Desta forma, o setor abre o leque de possibilidades e busca especialistas em Tecnologia da Informação (TI), engenheiros, economistas, estatísticos, gerentes de operação, entre outros. Além disso, a limitação da região também se aplica mais, pois os profissionais podem exercer as atividades sem sair dos grandes centros urbanos”, explica a coordenadora do curso de Engenharia Agronômica da Facens.
A migração dessas profissões para uma atuação multidisciplinar no ambiente agro permite que empresas de todo o mundo implementem soluções inovadoras para o meio rural com base em novas tecnologias. Essa tendência é percebida, em nível global, visto que os investimentos nas startups do agro (agtechs) alcançaram US$ 40 milhões apenas no primeiro trimestre de 2022.
Voltarelli compartilha ainda que a média salarial para uma ocupação voltada para atividades digitais no agro é de cerca de R$ 12 mil por mês. “Por se tratar de uma tendência ainda a ser muito explorada no mercado, atualmente, há uma média de cinco vagas por profissional disponível, o que pode acarretar uma concorrência maior por parte dos profissionais. Se destacam os mais conectados e inovadores”, finaliza a engenheira agronômica.
Fonte: Assessoria de Comunicação Facens
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