Faltam
00 Dias
|
00 Horas
|
00 Minutos
|
00 Segundos
para o
21º Prêmio Visão Agro Brasil
domingo, setembro 7, 2025
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
  • NOTÍCIAS
  • DESTAQUES
  • NOSSOS EVENTOS
  • QUEM SOMOS
Visão Agro - A melhor Visão do Agronégócio
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

O caminho do etanol muda com políticas de Trump? Ricardo Mussa, ex-CEO da Raízen (RAIZ4), defende SAF ‘Made in Brazil’

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
23 julho, 2025
em Biocombustíveis, Política e Governo
Tempo de leitura: 5 minutos
A A
0
Home Bioenergia Biocombustíveis
Foto: iStock.com/Fahroni

O mercado do SAF (Combustível Sustentável de Aviação) está em alerta, de olho nas políticas anunciadas por Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos (EUA), após assumir o comando da Casa Branca, cortou incentivos para renováveis e limitou estímulos para o SAF apenas para produtores e matérias-primas do país, que se concentra no etanol de milho.

Fora isso, Trump também anunciou tarifas de 50% para o etanol brasileiro. Segundo a Cogo Inteligência em Agronegócio, o Brasil representa 75% das importações norte-americanas de etanol. A tarifa pode representar um acréscimo de US$ 200 a US$ 250 por mil litros, tornando o etanol brasileiro praticamente não competitivo no mercado americano.

Segundo Ricardo Mussa, ex-CEO da Raízen (RAIZ4) e líder do SB COP30 (Sustainable Business COP30), iniciativa do setor produtivo liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o mercado de etanol brasileiro já vem perdendo espaço nos últimos anos para os EUA. Isso porque a Califórnia vem mudando suas regras de contagem de carbono.

“O principal destino do etanol brasileiro sempre foi Japão e União Europeia. Nesse sentido, o aumento das tarifas afeta pouco o nosso mercado. Por outro lado, a mudança da Coca-Cola para açúcar de cana pode trazer um volume adicional para o mercado brasileiro“, disse, em entrevista ao Money Times.

O impacto das tarifas e perspectivas para o etanol no Brasil

Mussa lembra que o Brasil estava exportando etanol, E2G (etanol de segunda geração) e sebo bovino para os EUA, que era convertido em SAF e reexportado para a Europa. Apesar de não ser uma rota natural por motivos logísticos, o programa de incentivo norte-americano permitia esse fluxo, ainda que em volumes pequenos.

“O mercado europeu quer ver a origem do produto. O que eu acho que deve acontecer é o Brasil atrair investimentos para produção de SAF local, mas nenhuma discussão agora sobre fechar mercado não é boa porque somos exportadores. Mas de forma geral, não vejo um impacto muito grande, muito relevante para o mercado de etanol brasileiro e nem para o mercado de exportação de SAF”.

Para ele, a discussão que precisa mais uma vez ser levantada é a produção de SAF no Brasil com destino para União Europeia.

“Com essa trade war, alguns países da Europa e Ásia, como Singapura e Japão, deveriam olhar para o Brasil de forma diferente. O Brasil deveria atrair mais investimento dos que os próprios Estados Unidos como fonte de suprimento de SAF para essas regiões. Mas para isso é preciso investimentos, estabilidade e juros mais baixos para o mercado se animar e investir no SAF aqui”.

Por fim, perguntado se esses fatores poderiam acelerar um novo aumento de etanol na gasolina, Mussa acredita que não, já que o volume destinado para o SAF ainda é pequeno para os próximos anos.

“A frota do Brasil ainda vai crescer e como não temos produção de gasolina, há uma demanda crescente por etanol no mercado local. Com a guerra tarifária, dificilmente teremos importação de etanol americano para o Nordeste. Para aquele produtor de etanol de milho lá em Mato Grosso, isso deve sacramentar o mercado Norte e Nordeste com menos competição para o produto dos EUA. Lembrando que o etanol de cana ainda tem uma demanda pelo açúcar, vamos ver o crescimento de demanda pelo etanol de milho”. 

O mercado de SAF

De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), o SAF pode contribuir com cerca de 65% da redução de emissões necessária para o transporte aéreo atingir a neutralidade de CO2 em 2050.

Segundo o Rabobank, caso 100% do biocombustível seja produzido a partir do etanol, a produção de SAF no Brasil iria demandar 3,5 bilhões de litros em 2037, o que não seria um grande fator em termos de volume, já que o Brasil produz 30 bilhões de litros de etanol por ano. No entanto, a produção local pode evoluir para uma espécie de “mercado premium”.

A maior parte do SAF produzido no mundo vem a partir dos óleos vegetais via Ácidos Graxos e Ésteres Hidroprocessados ​​(HEFA, em inglês). Além dessa “rota”, há a produção via alcohol-to-jet (ATJ), com uso do etanol para produção do SAF.

Atualmente, há apenas uma planta alcohol-to-jet (ATJ) no mundo, da LanzaJet, na Georgia (EUA), lançada em 2024, e que usa etanol brasileiro, pelo baixo carbono, como matéria-prima.

A estimativa do Rabobank é de que a planta demande 60 milhões de litros de etanol por ano, o que representa uma parcela pequena das nossas exportações (2,5 bilhões de litros).

Segundo Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, no mercado brasileiro, o principal fator de incentivo para o etanol brasileiro fica para a lei do Combustível do Futuro. Ele também menciona um novo mandato para redução de emissões dos combustíveis utilizados nas viagens aéreas, que começa em 2027.

“O mercado brasileiro deve encontrar soluções para a redução das emissões que deve ocorrer principalmente através do uso do SAF. Devemos observar o mercado brasileiro demandando mais SAF ao longo dos próximos anos. Os principais projetos para SAF no Brasil são via HEFA, mas apesar de não termos projetos ATJ, o etanol de cana tem um incentivo maior para o uso de SAF porque ele gera uma maior redução das emissões frente ao HEFA. No futuro, devemos ver o Brasil ampliando seus projetos para o ATJ”.

Por: Pasquale Augusto | Fonte: Money Times

Clique AQUI, entre no canal do WhatsApp da Visão Agro e receba notícias em tempo real.

SendTweetCompartilhar
Artigo anteiror

Etanol de milho preocupa indústria da cana

Próximo post

Proteína de bactéria que vive entre o solo e pilhas de bagaço de cana pode aumentar produtividade do etanol de segunda geração

Redação Visão Agro

Redação Visão Agro

Notícias Relacionadas

Setor de etanol do Brasil aposta em menor pegada de carbono para competir com os EUA no Japão
Biocombustíveis

Pelo segundo ano, menor oferta de etanol sustenta preços em agosto

por Redação Visão Agro
3 setembro, 2025

A cotação média do etanol hidratado no mercado paulista subiu em agosto pelo segundo ano consecutivo, afirma levantamento do Centro...

Ler maisDetails
Brasil e México assinam acordos de biocombustíveis e competitividade
Política e Governo

Brasil e México assinam acordos de biocombustíveis e competitividade

por Redação Visão Agro
29 agosto, 2025

Foto: divulgação RPA News Autoridades de Brasil e México assinaram nesta quarta-feira, 27, dois acordos sobre biocombustíveis e competitividade, em...

Ler maisDetails
Maior operação contra crime organizado no país atinge Faria Lima e setor de combustíveis
Biocombustíveis

Maior operação contra crime organizado no país atinge Faria Lima e setor de combustíveis

por Redação Visão Agro
28 agosto, 2025

Policiais fazem busca e apreensão em um dos prédios alvos da Megaoperação na Avenida Brigadeiro Faria Lima — Foto: David...

Ler maisDetails
PCC estava em todo o setor de cana e obrigava empresários a venderem propriedades, diz MP
Biocombustíveis

PCC estava em todo o setor de cana e obrigava empresários a venderem propriedades, diz MP

por Redação Visão Agro
28 agosto, 2025

Fazendeiros, donos de usinas e de postos de gasolina eram ameaçados de morte caso desistissem do negócio ou fizessem denúncias...

Ler maisDetails
Caroço do açaí vira de utensílios domésticos a biocombustíveis
Biocombustíveis

Caroço do açaí vira de utensílios domésticos a biocombustíveis

por Redação Visão Agro
27 agosto, 2025

Caroço de açaí é usado para a fabricação de produtos sustentáveis | Foto: Pablo Porciuncula Além de ser consumido como...

Ler maisDetails
Etanol de milho cresce 18 vezes em sete anos no Brasil
Biocombustíveis

Etanol de milho cresce 20% ao ano e faz do Brasil o segundo maior produtor mundial

por Redação Visão Agro
27 agosto, 2025

Com 3,7 bilhões de litros processados e expansão de plantas, Mato Grosso concentra dez das 24 biorrefinarias do País e...

Ler maisDetails
Alckmin aposta em ampliar comércio com México; agenda inclui biocombustíveis e SAF
Política e Governo

Alckmin aposta em ampliar comércio com México; agenda inclui biocombustíveis e SAF

por Redação Visão Agro
25 agosto, 2025

Brasília (DF), 11/12/2024 - O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, durante a posse do novo presidente do Tribunal de Contas...

Ler maisDetails
Borra das cápsulas de café é transformada em biometano
Biocombustíveis

Borra das cápsulas de café é transformada em biometano

por Redação Visão Agro
25 agosto, 2025

Iniciativa aproveita resíduos recolhidos em todo o Brasil; meta é alcançar destinação correta de 60% das borras até 2030 A...

Ler maisDetails
Matopiba recebe investimentos em etanol de milho; desafio é garantir oferta do grão
Biocombustíveis

Matopiba recebe investimentos em etanol de milho; desafio é garantir oferta do grão

por Redação Visão Agro
25 agosto, 2025

Região que une Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins tem condição menos favorável ao milho de segunda safra, e demanda das...

Ler maisDetails
Futuro do agro no Nordeste passa pelos biocombustíveis, com foco no etanol de milho
Biocombustíveis

Futuro do agro no Nordeste passa pelos biocombustíveis, com foco no etanol de milho

por Redação Visão Agro
22 agosto, 2025

Inauguração de uma usina de etanol de milho no Maranhão marca início de um movimento que deve impulsionar o desenvolvimento...

Ler maisDetails
Carregar mais
Próximo post
Bioenergia já é 30% de toda a matriz energética do Brasil

Proteína de bactéria que vive entre o solo e pilhas de bagaço de cana pode aumentar produtividade do etanol de segunda geração

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LinkedIn Instagram Twitter Youtube Facebook

CONTATO
(16) 3945-5934
atendimento@visaoagro.com.br
jornalismo@visaoagro.com.br
comercial@visaoagro.com.br

VEJA TAMBÉM

  • Prêmio Visão Agro
  • Vision Tech Summit 
  • AR Empreendimentos

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36

Inovação, tecnologia e transformação digital no Agronegócio.
Prepare-se para o maior evento tech-agro do ano!

Saiba mais no site oficial

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Bioenergia
    • Biocombustíveis
    • Biogás
    • Biomassa
    • Energia renovável
    • Usinas
  • Mundo Agro
    • Cooperativismo
    • Sustentabilidade
    • Tecnologia
  • Mercado
    • Clima
    • Economia
    • Geopolítica
    • Internacional
    • Negócios
    • Política e Governo
    • Transporte
  • Culturas
    • Algodão
    • Café
    • Cana de Açúcar
    • Fruticultura
    • Grãos
    • Milho
    • Pecuária
    • Soja
    • Trigo
  • Insumos agrícolas
    • Adubos e fertilizantes
    • Biológicos e Bioinsumos
    • Defensivos Agrícolas
    • Implementos Agrícolas
    • Irrigação
    • Máquinas agrícolas
  • Eventos Visão Agro
    • Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã
    • Prêmio Visão Agro Brasil
    • Vision Tech Summit – Agro
    • Prêmio Visão Agro Centro – Sul
  • Em destaque
  • Leia mais

Todos os direitos reservados 2024 © A R EMPREENDIMENTOS COMUNICAÇÃO E EVENTOS LTDA – CNPJ: 05.871.190/0001-36