O petróleo subiu em torno de 2% nesta sexta-feira (1º) e acumulou ganhos de 5,6% a 7,2% no acumulado desta semana, fechando no maior nível desde novembro do ano passado. Investidores seguem atentos à perspectiva de aperto da oferta da commodity energética no restante de 2023, o que tende a impulsionar os preços no mercado futuro. Além disso, o relatório oficial de empregos dos Estados Unidos, o chamado “payroll”, de agosto sinalizou um aperto monetário mais brando nos EUA, o que tende a apoiar ativos atrelados à busca por risco.
O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para outubro avançou 2,30%, hoje, e 7,17%, na semana, a US$ 85,55. Já o barril do Brent, a referência global, teve alta diária de 1,98% e semanal de 5,58%, a US$ 88,55.
Os contratos futuros subiram desde o início da sessão, mas ganharam mais força e ultrapassaram 1% de ganhos após o “payroll” de agosto nos EUA. O dado mostrou forte revisão negativa nos números de junho e julho e uma inesperada alta da taxa de desemprego na maior economia do mundo.
O reequilíbrio da demanda e oferta no mercado de trabalho americano sinaliza que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não precisará subir mais os juros ou deixá-los em nível tão alto para reduzir a inflação à meta de 2%.
“Os preços do petróleo responderam positivamente aos números do mercado de trabalho, talvez porque sinalizam que os juros não precisarão subir mais e até cair mais cedo, o que é melhor para as perspectivas econômicas a médio prazo”, explica Craig Erlam, analista-sênior de mercados da Oanda.
Com os indicadores a seu favor, o petróleo teve espaço para sustentar uma forte alta sob a perspectiva de que a demanda global deve melhorar, enquanto a oferta se mantém em níveis reprimidos com os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
O vice-primeiro-ministro da Rússia e principal negociador do país no âmbito da Opep+, Alexander Novak, afirmou que há um acordo para que o corte voluntário na oferta russa seja estendido nos próximos meses. O país já reduziu sua produção em 500 mil barris por dia (bpd) em agosto e cortará mais 300 mil bpd em setembro.
Segundo os analistas Ewa Manthey e Warren Patterson, do ING, a Arabia Saudita também deve estender seu corte de 1 milhão de bpd para o mês de outubro, já que ainda há preocupações com a demanda global entre as autoridades sauditas.
Fonte: Valor Econômico
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