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Por que o café está caro? Entenda

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
11 junho, 2025
em Café
Tempo de leitura: 6 minutos
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Home Culturas Café

Grão tem sido um dos vilões da infação de 2025, segundo aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

Quando o preço do café vai diminuir? Para quem não consegue passar um dia sem consumir uma xícara da bebida, este deve ser um dos principais questionamentos feitos ultimamente. E o motivo é claro: em 12 meses, o grão moído segue ficando mais caro, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Variação em relação aos 12 meses anteriores
Veja o histórico da alta do café

Fonte: IBGE

Por que o café ainda está caro?

Os apreciadores do grão, sejam brasileiros ou consumidores de outros países, continuam a sentir o peso elevado nas gôndolas dos supermercados. Em maio de 2024, os preços médios do quilo de café torrado e moído girava em torno de R$ 31,77, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Em 2025, o valor saltou para R$ 69,29.

Em entrevista à Globo Rural, Pavel Cardoso, presidente da Abic, afirma que o preço segue alto porque os estoques dos principais produtores estão baixos e sem capacidade de abastecer quem necessita.

Um exemplo é o Brasil, destaque na produção mundial de café. Em 2024, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), atingir 54,21 milhões de sacas de 60 quilos, decréscimo de 1,6% em relação à safra de 2023, e foi procurado por países como Indonésia e Vietnã, que tiveram as safras prejudicadas por fatores climáticos, principalmente a seca, para atender o consumo interno.

“Mesmo agora, com a iminência da safra, não conseguem entregar o volume para esses estoques serem reabastecidos nos países produtores e nos países consumidores. Há uma previsão de entrega maior no café conilon e no robusta, e uma entrega menor no café arábica. As duas somadas podem estar ligeiramente acima ou abaixo da safra passada. Então, há grandes volatilidades, mas, em função dessa safra não entregar o volume suficiente para essa recomposição de estoques, o mercado ainda se vê bastante nervoso”.

Felippe Serigati, pesquisador do Centro de Estudos do Agronegócio (FGV Agro), completa que o desequilíbrio entre a oferta e a demanda é o responsável por transformar o café em vilão e não é recente.

“Tivemos uma sequência de safras abaixo do potencial, isso vale para o sudeste asiático no início de 2024, mas também para a safra brasileira, que ficou abaixo do potencial. A floração não operou de maneira ideal. Uma parte das flores caiu antes. O resultado disso, tanto pode ser uma quantidade menor de cerejas e frutos, como também frutos mais irregulares”.

Quando o preço do café vai baixar?

Sem conseguir precisar como serão as colheitas pelo mundo, é impossível definir quando o grão vai apresentar queda. De acordo com Serigati, o primeiro ponto para ver o preço caindo é uma safra cheia no Brasil por causa do volume alto de produção.

“Temos que olhar o que vai acontecer com a floração em agosto e setembro. Esse é o ponto de partida. Uma coisa que pode trazer uma perspectiva positiva é que no ano passado operamos com a atmosfera no El Niño, enquanto, agora, será com o clima neutro. Não é nada garantido, mas seria uma perspectiva mais favorável”, diz.

Uma questão relacionada à estrutura da planta, e pode aumentar a esperança, pontua o especialista da FGV Agro, é a influência da bienalidade na produção dos cafezais. Ela significa que após um ano de produtividade em alta, a próxima safra pode apresentar menos volume para a recomposição do cafeeiro.

“Isso não é problema ou defeito. Em 2025, ano ímpar aqui no Brasil, é de baixa produção. De partida, já teríamos uma oferta menor do que 2024. Ainda assim, colocando números em cima da mesa, a Conab está falando em uma safra maior. Vamos acompanhar”.

Pavel Cardoso, presidente da Abic, mantém uma postura cautelosa e diz que estimativas mais assertivas sobre o comportamento futuro dos preços só serão possíveis após a finalização da colheita em 2025 e quando o mercado começar a direcionar seu olhar para as projeções da safra de 2026.

“Neste momento, há uma volatilidade muito grande. Os mercados reduzem pelo peso que a própria safra traz, e a estimativa de aumento da colheita de café conilon, tanto aqui no Brasil quanto no Vietnã, trouxe essa pressão para baixo, mas já dão sinais de retomada para cima de volta. A que níveis? Ainda não sabemos, mas o fato é que essa safra não entrega o volume suficiente para a recomposição de estoques dos países produtores e consumidores”.

A estimativa da Conab em 2025 é positiva sobre a safra brasileira, com acréscimo de 2,7% – 55,67 milhões de sacas contra 54,21 milhões. Para 2026, os números são incertos, mas com um retrato esperançoso por parte da Abic.

“Para 2025, temos uma previsão de um acréscimo na produção de conilon robusta, da ordem de 7% ou 8% em relação à safra passada, e uma queda de 13% no arábica. Já para a safra de 2026, há a expectativa de uma grande safra, respeitando que esse é um retrato do que se prevê. O andamento, com a florada a partir de agosto e setembro e após os processos seguintes para a geração do fruto, dependerá de questões climáticas. A expectativa é que seja uma grande safra em 2026, talvez uma safra recorde em toda a história do país”, conta o dirigente.

O que pode frustrar as expectativas e manter o café caro?

Na opinião dos especialistas ouvidos pela Globo Rural, o clima é um dos principais fatores, principalmente a longo prazo, e pode, por meio da seca e das altas temperaturas, prejudicar as lavouras cafeeiras no Brasil e no mundo.

“A nossa leitura é que o consumo seguirá bem. Naturalmente, a alta de preço impacta, mas acreditamos que são meses pontuais e que acontecem em qualquer país. O café é um alimento resiliente, com natureza de ligação sentimental, cultural e de conexão no dia a dia. Se a equação entre questões climáticas, produção nacional e demanda global seguir dando sinais de aquecimento, o café seguirá promissor”, diz Cardoso.

Serigati também destaca a movimentação do dólar como fator de influência, mas alerta: a queda da moeda americana não significa, necessariamente, a consequente diminuição no preço do grão.

“Como o café é uma commodity precificada no mercado internacional, parte do preço no mercado doméstico está associado à variação do dólar. Desde o início do ano, observamos uma queda, mas isso não afetou o preço do café devido aos fundamentos já destacados acima. De qualquer forma, a volatilidade do dólar é um ponto importante para saber onde vai o preço do café”, finaliza.

O Brasil é o maior produtor e também exportador de café do mundo, sendo responsável por cerca de 38% da produção global. Vietnã, Colômbia, Indonésia e Etiópia completam o ranking, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês).

Por: Daniela Walzburiech | Fonte: Globo Rural

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