Mercado segue à espera do relatório de maio do USDA, que deve revisar os números da safra americana, argentina e brasileira.
O mercado brasileiro de soja teve uma terça-feira (9) de poucos negócios. Com as quedas do dólar e da bolsa de Chicago, os preços internos também recuaram.
Os produtores só entram no mercado por necessidade de espaço, seguindo esperançosos por melhores preços no segundo semestre.
Veja as cotações da saca de 60kg:
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 137 para R$ 135
- Região das Missões: baixou de R$ 136 para R$ 134
- Porto de Rio Grande: decresceu de R$ 145 para R$ 143,50
- Cascavel (PR): passou de R$ 132 para R$ 130
- Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 143 para R$ 141
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 120,50 para R$ 121,50
- Dourados (MS): passou de R$ 127 para R$ 126
- Rio Verde (GO): passou de R$ 124,00 para R$ 122,50
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam o dia com preços mais baixos, pressionados por uma série de fatores: a boa evolução do plantio nos Estados Unidos, a fraca demanda chinesa e a aversão ao risco no cenário financeiro global.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nessa segunda-feira (8) relatório sobre a evolução de plantio das lavouras de soja. Até 7 de maio, a área plantada estava apontada em 35%. Na semana passada, eram 19%. Em igual período do ano passado, a semeadura era de 11%. A média é de 21%.
As importações de soja em grão pela China em abril somaram 7,26 milhões de toneladas, baixa de 10% sobre igual período do ano anterior. O mercado esperava compras em torno de 9 milhões de toneladas de soja.
Estoques finais
Os operadores começam a se posicionar frente ao relatório mensal do USDA. O Departamento deve elevar a sua estimativa para os estoques finais dos Estados Unidos em 2022/23. Além disso, é esperada nova redução na projeção de safra da Argentina.
O relatório de maio do Departamento será divulgado nesta sexta (12), às 13h. Serão divulgados ainda os primeiros números para a safra 2023/24, tanto nos Estados Unidos como em nível mundial.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 212 milhões de bushels em 2022/23. Em abril, a previsão ficou em 210 milhões de bushels. Para 2023/24, o USDA projeta estoques de 282 milhões de bushels. A primeira projeção de safra dos EUA deve ser de 4,484 bulhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 99,4 milhões de toneladas, contra 100,3 milhões previstos em abril. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 105,8 milhões de toneladas.
O USDA deve cortar a projeção de safra da Argentina de 27 milhões para 24,4 milhões de toneladas, reflexo da prolongada estiagem naquele país. Para o Brasil, a aposta é que a produção tenha sua previsão elevada de 154 milhões para 154,6 milhões de toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 19,50 centavos ou 1,36% a US$ 14,14 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 12,54 1/2 por bushel, com perda de 18,00 centavos de dólar ou 1,41%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com perda de US$ 7,90 ou 1,85% a US$ 419,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 53,04 centavos de dólar, com perda de 0,61 centavo ou 1,13%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,49%, sendo negociado a R$ 4,9860 para compra e a R$ 4,9880 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9730 e a máxima de R$ 5,0370.
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FONTE: AGÊNCIA SAFRAS
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