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Queimadas de agosto tiveram um aumento de 780% em relação ao ano passado

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
26 setembro, 2024
em Cana de Açúcar
Tempo de leitura: 8 minutos
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Home Culturas Cana de Açúcar

Dados apresentados pela Canaoeste e a GMG Ambiental apontam 658.638 hectares de áreas queimadas em agosto deste ano no Estado de São Paulo, sendo 328.248 hectares só no dia 23 de agosto

O Estado de São Paulo viveu um dos piores meses de agosto em termos de queimadas, com um aumento alarmante de 780% no número de focos de incêndio em comparação ao mesmo período do ano passado.

Dados divulgados pela Canaoeste e a GMG Ambiental, nesta quinta-feira (26), revelam que foram queimados 658.638 hectares, sendo 328.248 hectares concentrados apenas no dia 23 de agosto. No total, foram registrados 11.628 focos de incêndio, número que supera em 227% a média histórica de 3.550 focos para o período. Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 780% dos focos de em relação ao mesmo período do ano passado.

O monitoramento foi realizado pelo Orion, sistema de gestão climática desenvolvido pela GMG Ambiental, que monitora incêndios, desmatamento, escassez híbrida e desastres climáticos por meio de imagens de satélites orbitais. Além disto, o sistema disponibiliza ferramentas de gestão e integração estratégica em uma única plataforma.

A GMG Ambiental é parceira da Canaoeste, que monitora os incêndios nas áreas dos produtores rurais de cana-de-açúcar associados à entidade desde 2017.  Por meio do ORION, os produtores da Canaoeste têm condições técnicas de prever a ocorrência de focos de incêndio, sendo uma ferramenta de predição capaz de potencializar tanto a prevenção de desastres quanto as ações de combate aos incêndios.

Com o objetivo de debater a situação das queimadas, a Canaoeste reuniu produtores, representantes de usinas, pesquisadores, autoridades públicas e ambientalistas em um encontro realizado nesta quinta-feira (26), em sua sede, em Sertãozinho-SP. Almir Torcato, gestor da associação, destacou a importância da reunião para alinhar interesses e divulgar dados precisos sobre o setor sucroenergético, que vive em constante evolução e já passou de sucroalcooleiro a bioenergético, gerando energia elétrica a partir da cana-de-açúcar.

Torcato enfatizou a necessidade de atualização na percepção pública sobre o setor, combatendo a visão desatualizada que ainda associa a cana à prática de queimadas, já abolida no Estado de São Paulo. Ele também apelou para o apoio das instituições e da mídia na divulgação correta das informações, reforçando o compromisso da cadeia produtiva com a transparência e a sustentabilidade.

Análise de Dados

Ao todo, o sistema Orion registrou 658.638 hectares de áreas queimadas em agosto deste ano no Estado de São Paulo, sendo 328.248 hectares só no dia 23 de agosto.

A análise feita pela plataforma de gerenciamento de crises ambiental, neste mês, foram registrados 11.628 focos de incêndios no Estado, um aumento de 227% em relação à média histórica esperada para o mês, que fica em torno de 3.550 focos. Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 780% dos focos de em relação ao mesmo período do ano passado.

Esse foi o maior número de focos registrados num mês de agosto, desde que o serviço de gerenciamento incêndios foi iniciado pela GMG Ambiental.

A maioria dos focos, 354 no total, se concentra no município de Pitangueiras, mas outras cidades também foram atingidas como em Altinópolis, com 252 focos, e Sertãozinho, com 296 focos.

A região sucroenergética do Estado foi a mais atingida por incêndios neste último mês. Em praticamente 100% das cidades que registraram 100 ou mais focos de queimadas estavam localizadas em áreas cuja principal cultura agrícola era a cana de açúcar, segundo Olivaldi Azedo, consultor ambiental da GMG.

As ondas de calor estão cada vez mais persistentes, intensas e constantes, uma situação que poderá proporcionar novos recordes de incêndios nos próximos anos.

Estudo de caso

Na coletiva foi apresentado o estudo de caso dos dias 20, 21, 22, 23 e 24 de agosto, período em que aconteceu a maioria dos focos de incêndios.

A avaliação meteorológica feita neste período mostrou claramente o risco extremo dos incêndios devido às condições climáticas ideais para que o fogo se propagasse: o chamado Triplo 30 – índice que leva em conta a somatória de três fatores: umidade abaixo dos 30%, velocidade do vento acima de 30 km/h e temperatura acima de 30 graus. Estes fatores quando combinados trazem o cenário crítico, como acontece no dia 23 de agosto – vento de rajada de 38 a 40 km/h; temperatura máxima de 35 graus; e umidade mínima de 10%.

Confira os dados de focos de fogo no período de 2012 a 2024

  • Ano    Focos NPP
  • 2012   2326
  • 2013   2552
  • 2014   4254
  • 2015   2640
  • 2016   2807
  • 2017   2240
  • 2018   1445
  • 2019   2847
  • 2020   3574
  • 2021   8076
  • 2022   435
  • 2023   1321
  • 2024   11628

Incêndios no Estado de São Paulo de 20 a 24 de agosto de 2024

O evento de elevação e perda do controle dos incêndios deste período foi causado pelo avanço de uma frente fria de forte intensidade que encontrou uma massa de ar quente e seca sobre o estado de SP, e que recebeu um aporte de mais calor e secura do ar vinda dos Estados do MS e MT.

Acompanhar o avanço de frentes frias é de primordial importância para a prevenção e combate aos incêndios, outros eventos como esse deverão ocorrer, já que cada vez mais são registradas ondas de calor na região Central do Brasil.

Em anos de La Niña, a possibilidade de eventos como esses se repetir é maior, pois as frentes frias tendem a se deslocar mais rapidamente, instabilizando assim as massas de ar localizadas em sua vanguarda.

Coletiva uniu produtores, usinas e representantes de entidades

José Guilherme Nogueira, CEO da Orplana, destacou os desafios estruturais e conjunturais enfrentados pelo setor, que se agravam com as condições climáticas extremas. Ele ressaltou que os incêndios indesejados prejudicam tanto a produção quanto a qualidade da cana-de-açúcar, além de afetar a imagem dos produtores. Nogueira defendeu a necessidade de políticas públicas mais eficazes e criticou a ideia equivocada de que os produtores se beneficiam dos incêndios.

Maurílio Biagi, representando a COSAG/FIESP, também participou do encontro e enfatizou a importância de combater a desinformação, apontando a falta de preparo dos governos para lidar com os incêndios, afirmando que responsabilizar os produtores é “um total desconhecimento da realidade do setor”. Ele também falou sobre o crescimento do Brasil como potência alimentar, ressaltando que o país enfrenta desafios tanto internos quanto externos, e defendeu a cana como uma fonte limpa de energia.

Durante o encontro, Diógenes Kassaoka, subsecretário de Abastecimento e Segurança Alimentar do Estado de São Paulo, ressaltou a importância da colaboração entre bons produtores e autoridades no combate a incêndios. Ele destacou a atuação da Defesa Civil e a necessidade de melhorar a estrutura de combate a incêndios em São Paulo, mencionando a falta de aeronaves adequadas. Kassaoka elogiou o setor sucroenergético pela sua evolução em transformar biomassa em energia e pediu uma melhor comunicação sobre esses avanços para a sociedade. Ele também agradeceu ao setor produtivo pela rápida resposta durante os incêndios e se comprometeu a apoiar iniciativas futuras através da Secretaria da Agricultura, citando entre eles, a ajuda da Usina Batatais no combate ao fogo.

O produtor Ciro Pena destacou a importância do evento como um marco de união entre o setor público e privado para enfrentar o problema das queimadas. Ele representou a Federação de Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP/Senar), que abrange 230 sindicatos rurais e está presente em todas as regiões do estado. Pena enfatizou que as queimadas são um problema que afeta todo o setor rural, não apenas a cana-de-açúcar. Segundo ele, é preciso evoluir nas práticas e protocolos diante das mudanças climáticas. Ele elogiou o trabalho da Canaoeste e reafirmou a disposição da federação em colaborar com o setor, continuando um legado de apoio e desenvolvimento.

Renata Camargo, gerente de sustentabilidade da UNICA, destacou a necessidade de não apenas combater, mas também prevenir incêndios, utilizando tecnologias como imagens de satélite e câmeras. Renata enfatizou que o fogo no canavial traz prejuízos econômicos, ambientais e para a saúde, e que o setor não utiliza mais o fogo como método agrícola. Ela mencionou a expectativa de mudanças nas políticas públicas, reconhecendo que outros setores também devem estar comprometidos na prevenção de incêndios.

Sobre a Canaoeste

Fundada em 22 de julho de 1945, a Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) é uma entidade que defende os direitos dos produtores de cana-de-açúcar junto às indústrias e ao governo. Com cerca de 2.050 produtores associados, a Canaoeste entrega entre 8 e 10,5 milhões de toneladas de cana às unidades industriais. A associação atua nas áreas técnica, jurídica e de representação política, abrangendo aproximadamente 130 mil hectares e cerca de 3.500 propriedades.

GMG Ambiental

GMG Ambiental é uma empresa de tecnologia sustentável, que apresenta soluções ambientais para a gestão climática – monitoramento de incêndios, desmatamento e escassez híbrida, por meio de imagens de satélites orbitais. São 10 anos de história, com cerca de 200 milhões de hectares monitorados pelo Orion para produtores rurais e usinas do setor sucroalcooleiro.

Na gestão pública, o Orion é a ferramenta usada pelo Governo do Mato Grosso para a gestão de incêndios em todos os cantos do Estado.  

Fonte: Canaoeste

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