A São Martinho teve um lucro líquido de R$ 124,7 milhões no primeiro trimestre da safra 2023/24, queda de 45% frente ao mesmo período do ano safra anterior. Em grande parte, a queda do lucro acompanha o recuo da receita líquida de 20,7% na mesma base, chegando a R$ 1,35 bilhão.
“Nos primeiros três meses da safra 2023/24 a companhia processou aproximadamente 7,6 milhões de toneladas de cana-de açúcar, uma redução de 2,8% vis-à-vis o três meses do ano safra anterior, reflexo da redução de dias úteis de colheita decorrente de chuvas isoladas em junho”, explica a São Martinho no documento publicado na noite desta segunda-feira, 14.
A partir desta matéria-prima, a companhia produziu 423,4 mil toneladas de açúcar (+1,9%) e 298,8 milhões de litros de etanol (-8,2%). Além disso, a São Martinho registrou a fabricação de 37 milhões de litros de etanol de milho a partir do processamento de 103,9 mil toneladas do cereal.
A São Martinho recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para iniciar a operação com milho em 16 de março, pouco antes do início do trimestre.
A companhia também cita menores preços realizados como explicação para a queda do faturamento. A combinação entre recuo de volumes (-48,2%) e preços do etanol (-19,7%), contudo, foi parcialmente compensada pelos melhores preços e volumes de açúcar.
A receita líquida das vendas de açúcar somou R$ 766,5 milhões no primeiro trimestre da safra 2023/24, um aumento de 49,2% no ano frente a uma queda de 58,4% no etanol, indo para R$ 434,6 milhões.
No total, a receita líquida da companhia foi de R$ 1,35 bilhão no trimestre, queda de 20,7% na comparação anual. Dentro deste montante, R$ 1,26 bilhão correspondem aos negócios de cana-de-açúcar e R$ 97,36 milhões aos de milho.
Já os custos dos produtos vendidos ficaram em R$ 863,9 milhões, baixa de 35,5% no ano explicada principalmente pelos menores volumes de produtos vendidos.
As despesas com vendas, gerais e administrativas, do outro lado, cresceram 39,7%. “A variação decorre, pincipalmente, da inflação de mão de obra, insumos e serviço de terceiros no período”, explica a sucroenergética.
O resultado financeiro da São Martinho ficou negativo em R$ 160,8 milhões, ante prejuízo de R$ 298,8 milhões no primeiro trimestre da safra 2022/23. “A variação das despesas ao longo da safra decorre, principalmente, da marcação a mercado dos derivativos que transformam a parcela da dívida dólar e pré-fixada em indexação ao CDI (SWAP)”, expõe.
A São Martinho fechou junho com uma dívida líquida de R$ 3,5 bilhões, alta de 0,2% na comparação com a posição registrada no início da temporada. A leve elevação ocorreu mesmo com a baixa de 10,6% na posição da dívida bruta, para R$ 5,92 milhões, por conta da menor disponibilidade em caixa.
Fonte: Infomoney/NovaCana
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Fonte: Fenasucro & Agrocana