A partir de 2024, a cidade de São Paulo planeja ter uma frota de 2,6 mil ônibus elétricos no transporte público, marcando o início da substituição dos cerca de 15 mil veículos a diesel por uma tecnologia de menor emissão de gases de efeito estufa e poluentes locais.
O caso da capital paulista é emblemático pelo seu tamanho, mas não é a única cidade brasileira a olhar para a eletromobilidade como uma solução para melhorar o serviço público enquanto reduz a poluição.
Belém, Brasília, Campinas, Curitiba e Salvador também estão entrando nessa onda.
“A eletrificação acontece de forma muito facilitada no segmento de transporte público, ela se viabiliza muito rapidamente porque não tem tanta complexidade da infraestrutura de recarga”, defende Carmen Araújo, diretora executiva ICCT Brasil.
No caso de São Paulo, a licitação prevê que os veículos tenham autonomia de 250 quilômetros, o que permite que ele circule o suficiente para atender sua rota e recarregue apenas na garagem, no momento de pausa.
Outra vantagem é a economia com manutenção e consumo de combustíveis. Araújo afirma que, embora o custo de aquisição do veículo seja de três a quatro vezes maior que o do tradicional a combustão, a eficiência energética faz com que haja uma redução de até 70% na despesa de abastecimento.
Além disso, como o Brasil é dependente da importação de diesel, seu preço é vulnerável às oscilações do mercado internacional. Crises como a invasão da Ucrânia pela Rússia refletem no custo do combustível, deixando o operador mais exposto.
Com a eletrificação, os contratos de energia podem ser firmados nos modelos de longo prazo, com valores fixos, o que dá mais conforto ao planejamento do operador.
A frota brasileira a bateria ainda é pequena. Apenas 376 ônibus elétricos em todo o país, dos quais 302 são trólebus. Os convencionais a bateria somam 59 e os articulados (mais de 18 metros de comprimento) 13. Os dados são do e-bus Radar.
A título de comparação, no Chile e na Colômbia, países com políticas de incentivo à eletrificação do transporte público, as frotas somam mais de 1,2 mil e 1,5 mil ônibus a bateria, respectivamente.
Fonte: Agência epbr
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