O final do ano se aproxima e com ele a expectativa de novos ciclos. Para boa parte do agronegócio brasileiro, em um país tropical do hemisfério Sul como é o nosso, esse sentimento é intensificado pela época do ano que ocorrem as atividades de plantio de boa parte da nossa produção.
Plantar, cultivar e colher, poderíamos olhar assim, de forma romântica para as atividades de produção. Mas de uma perspectiva mais realista, interpretar os cenários futuros, imobilizar um volume significativo de capital na formação da lavoura, preparar-se para as adversidades climáticas e de mercado, acompanhar a produção, empenhar mais uma boa quantidade de recursos na colheita e armazenamento e acertar na comercialização para então obter lucro é, na prática, uma atividade de risco.
Uma vez que o clima e o mercado não estão sob nosso controle, uma forma de reduzir o grau de exposição das operações agrícolas é o planejamento, que comumente ocorre nessa mesma época do ano. A construção do plano de negócios e seu consequente dimensionamento de gastos e receitas preparam a empresa para as adversidades futuras.
Cabe às áreas de gestão a confecção do orçamento, com todo o seu desenho operacional, estruturação da equipe, dimensionamentos de recursos financeiros e equipamentos. Esta não é uma tarefa simples. São muitos os fatores a se considerar e a habilidade de reunir tudo isso em um desenho que seja não apenas coeso, mas principalmente executável, é fundamental.
Um ponto importantíssimo para o sucesso está na escolha correta do cenário econômico e empresarial em que o plano será construído e isso não deve ocorrer apenas sob uma ótima negativa de mercado. Manter-se atento às oportunidades na cadeia de valor, como novas tecnologias ou alianças estratégicas, podem trazer um impulso por vezes inesperado e bem-vindo.
Evidente que não há como prever de antemão todas as possibilidades, por isso o Conselho de Administração tem a tarefa de orientar a empresa na direção correta, de apontar o Norte, liderando discussões que fomentem o pensamento estratégico e crítico.
Dessa forma uma governança forte e atuante, reduzirá as externalidades negativas aumentando os impactos positivos e gerando um desenvolvimento consciente e sustentável nas organizações.
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