Sistema inovador permite realizar todo o processo de secagem de grãos de café em menos de 24 horas, mantendo a qualidade original que saiu da lavoura
Uma nova tecnologia para a secagem do café lançada no mercado brasileiro este ano está surpreendendo os produtores. Desenvolvido pela Dryeration, empresa brasileira pioneira em inovações tecnológicas para secagem de grãos e semente, o secador realiza todo o processo de secagem de grãos em menos de 24 horas, sem afetar a qualidade original que saiu da lavoura.
Segundo os técnicos, a tecnologia permite que a área de contato com o fruto seja semelhante a um terreiro e inicia a injeção de volume de ar. Esse ar vai passando pelo café, que está estático, dentro do secador, fazendo com que o fluxo passe em todas as partes do grão e que ele seque toda a massa com homogeneidade.
Além de permitir uma secagem uniforme, a agilidade com que o secador Coffee Dryer retira a umidade dos grãos e a leva para fora do secador, preserva a qualidade dos grãos. Cada equipamento tem capacidade para 20 mil litros/dia – em torno de 14 toneladas.
O primeiro secador com toda essa nova tecnologia embarcada já está operando no município de Cristais Paulistas, região Nordeste do Estado de São Paulo, desde o ano passado. De acordo com o representante da Dryeration na região, Francinaldo Alves, o produtor está plenamente satisfeito, principalmente com a velocidade de secagem e a qualidade final do seu café.
“Realmente é um produto inovador na secagem de café. Um grande problema da cafeicultura é que a gente colhe o café, enche o terreiro e tem que parar a colheita, e agora estamos colocando à disposição do produtor uma tecnologia que permite o processo de colheita e secagem simultaneamente. De forma que eu colho durante o dia, e no outro dia estou com o ele na tulha”, explica Alves.
Já o especialista em sistema de secagem de grãos e fundador da Dryeration, Otalício Pacheco da Cunha, destaca que os primeiros estudos para o desenvolvimento de uma secagem diferenciada começaram em 2001, em Minas Gerais. “É um tempo curto, visto que a história do café tem bem mais de 1500 anos”, E acrescenta: “Estamos trazendo para o mercado um novo conceito em velocidade de secagem, reduzindo não só o tempo, mas também eliminando muitos problemas, como chuva, infestação de insetos e queima de matéria seca”.
PRODUTIVIDADE
A secagem mais rápida da nova tecnologia beneficia, especialmente, os cafeicultores que querem volume de seca, liberando mais cedo a lavoura para os tratos culturais, como poda e pulverização. Um atraso na colheita derruba o botão floral. Quando chega no meio do ciclo e a planta já começa a soltar os botões florais, é sinal de menor produção para a próxima safra, porque um botão floral (pinha) que cai é um fruto a menos que produz. Evitar essa perda é melhorar a produtividade. Ao tornar possível a retirada do fruto da planta no melhor estágio de maturação, aumenta a perspectiva de ganho de valor agregado.
Em um comparativo realizado em testes que secou a mesma quantidade de café (mil sacos) nos dois sistemas, os grãos que passaram pelo sistema convencional, entre 7 e 10 dias, tiveram 12,3% de queima de matéria seca. “Isso quer dizer que, com o Coffee Dryer, são exatamente 123 sacos a mais para o produtor”, complementa Otalício Pacheco da Cunha.
Fonte: Jornal Sudoeste
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