Documento traz orientações preventivas e ações a serem adotadas caso o incêndio atinja a propriedade rural
O Sistema Faemg Senar tem intensificado as ações para conscientizar produtores e a população que vive na zona rural sobre os riscos das queimadas e os prejuízos que elas causam à fauna e à flora, às reservas ambientais e à saúde. Uma destas ações é o lançamento, nesta quinta-feira (16/08), de uma cartilha de prevenção aos incêndios florestais. O documento traz alertas sobre a importância da adoção de atitudes preventivas e aponta as ações a serem adotadas caso incêndios atinjam a propriedade rural.
Informações do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) revelam que 99% dos incêndios em vegetação são provocados por ação humana. Em todo o ano passado, a corporação atendeu 19 mil ocorrências de incêndio em vegetação. Em 2023, de janeiro a junho, já foram mais de 4 mil demandas. No entanto, houve uma redução de 25% nos chamados neste período em relação aos seis primeiros meses de 2022, caindo de 5.937 ocorrências para 4.378
“A cartilha de prevenção e combate a incêndios florestais faz parte de um conjunto de ações que compõe a nossa campanha anual. Ela é também uma importante ferramenta de orientação aos produtores rurais, tanto no sentido preventivo, mas também uma importante ferramenta de proteção ao produtor em caso de ocorrência de incêndio nas imediações de sua propriedade”, avaliou a assessora de Sustentabilidade, Ana Paula Mello.
Ainda segundo a assessora, o produtor também tem no documento ferramentas para sua capacitação e informações sobre realização de boletim de ocorrência e acesso a seguros. “Esperamos que os sindicatos e entidades parceiras ajudem a disseminar essa cartilha e façam bom uso da mesma”.
Dicas importantes
As queimadas são hoje um dos principais problemas ambientais, mas com as informações adequadas à população que vive em áreas rurais também podem contribuir para preveni-las. Para isso, a cartilha do Sistema Faemg Senar dá uma série de dicas para minimizar os impactos da ação do fogo. Uma delas pede que ao trafegar pelas rodovias, por exemplo, as pessoas não lancem pontas de cigarro pela janela do veículo, pois com a baixa umidade neste período, a vegetação seca se incendeia com mais facilidade.
Além disso, ao realizar acampamentos, seja bastante cuidadoso na hora de acender fogueiras, velas e lampiões. Só faça isso após limpar bem o local e retirar completamente a vegetação em volta. Procure fazer a fogueira em local aberto como, por exemplo, numa clareira ou à beira do rio, para que o fogo não prejudique os galhos e folhas das árvores que estejam em volta ou acima dela.No entanto, quando não for mais usar a fogueira, confira se as brasas estão apagadas e resfriadas. Se possível, enterre as sobras de material (carvão, brasas e cinza). Não jogue os restos da fogueira no rio e nunca se ausente do acampamento deixando restos de brasa.
Os bombeiros alertam também que as latas de metal, os cacos e garrafas de vidro podem se aquecer ao sol e acabar dando origem às queimadas.
Outra dica essencial que faz parte da cartilha desenvolvida pelo Sistema Faemg Senar é a construção de aceiros (capina de faixas de terra), deixando-os limpos para que sirvam de isolamento de outras áreas com perigo de ocorrência de incêndio. Há parâmetros técnicos para isso, dependendo do relevo, do clima e da quantidade de material combustível (vegetação).
Queimas controladas
O documento ainda orienta os produtores que ao realizar uma queima controlada para renovar a pastagem ou para a limpeza de alguma área, é obrigatório procurar antecipadamente o Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais de Minas Gerais (Previncêndio), que é formado pelo CBMMG, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad), polícias Militar (PMMG) e Civil (PCMG), Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), além de prefeituras municipais e parceiros privados.
A assessora de Sustentabilidade, Ana Paula Mello, reforça o alerta. “Não se faz queima controlada sem autorização, nem quando a umidade do ar está abaixo de 30%, nem quando os ventos estiverem a mais que 30 km/h. Em todo o período seco, é preciso redobrar os cuidados e usar, preferencialmente, técnicas que dispensem uso de fogo”.
Fonte: FAEMG
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