Entre os setores que mais geram emprego com as melhores médias salariais em Mato Grosso do Sul, as usinas sucroenergéticas apresentaram durante o Workshop MS Qualifica com o Setor de Bioenergia os principais programas de qualificação de mão-de-obra desenvolvido pelas próprias empresas e as principais necessidades que possuem para novas contratações.
O encontro aconteceu na manhã de quinta-feira (24), no escritório da Biosul, e reuniu diretores e coordenadores de Recursos Humanos das usinas produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade do Estado com a equipe da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), responsável pelo MS Qualifica, programa de estudo e qualificação profissional do Governo do Estado. Representantes do Sesi, Senai, Senac, Senar, Sest-Senat, Funtrab e Secretaria de Educação do Estado também participaram da agenda.
“O setor de Bioenergia é fundamental na política de sustentabilidade e desenvolvimento do Governo do Estado, daí a importância dessa aproximação com o MS Qualifica. Deveremos trabalhar, emergencialmente, com a intermediação de obra direta, daí a importância de termos um levantamento de salários, benefícios, requisitos, para divulgarmos essas informações e fazer uma busca ativa dos interessados que já existem no mercado”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
Atualmente, 18 usinas produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade estão em operação no Estado, e outros cinco projetos devem entrar em operação ao longo dos próximos dois anos. Cerca de 42 municípios são impactados de forma positiva pelo setor, que atualmente é responsável por cerca de 30 mil empregos diretos e terceirizados no Estados.
De acordo com o diretor-executivo da Biosul, Érico Paredes, esse é um momento importante. “As usinas que operam no Estado hoje estão consolidadas em termos de produção e desejam continuar investindo, uma vez que o setor se encontra em uma terceira fase de expansão. Sabemos que o Estado também vive um momento de pleno emprego, então entendemos a necessidade de ter esse encontro para que possamos somar forças no sentido de conciliar o perfil das vagas abertas por nossas Associadas com o planejamento que o Governo e seus parceiros, como Sistema S e Funtrab, farão para oferecer qualificação às pessoas que buscam oportunidade em Mato Grosso do Sul”, explicou.
“Saímos desse encontro com um diagnóstico do setor sucroenergético. Conhecemos a demanda de vocês e a ideia é que a gente saia com o dever de casa feito, ouvindo as empresas para saber quais são as ocupações que estão abertas no campo e na indústria e qual o perfil de qualificação profissional necessário para atender às demandas atuais do setor e aquelas necessárias para suportar os novos investimentos que estão chegando”, finalizou Bruno Bastos.
Durante o encontro, o secretário-executivo de Qualificação Profissional e Emprego da Semadesc, Bruno Bastos, informou que o programa MS Qualifica, do Governo do Estado, prevê a implantação de um sistema de Bi, para mapear as vagas e demandas, no campo e na indústria, de cadeias produtivas prioritárias no momento, como os setores sucroenergético, de florestas e de mineração. “Queremos trabalhar, emergencialmente com a intermediação de obra direta, daí a importância de termos um levantamento de salários, benefícios, requisitos, para divulgarmos essas informações e fazer uma busca ativa dos interessados que já existem no mercado”, informou Bastos.
De acordo com o secretário-executivo da Semadesc, “o Governo tem como pilares fundamentais transformar o Mato Grosso do Sul em um Estado próspero, inclusivo, verde e digital. A geração de emprego vem da prosperidade dos investimentos privados e públicos que o Estado vem recebendo. E, inclusivo, no sentido de dar oportunidade aos sul-mato-grossenses de preencher essas vagas de emprego que estão surgindo”.
A partir dessa primeira agenda, será feito um mapeamento de vagas ofertadas pelo setor sucroenergético para que sejam alinhadas ações através do MS Qualifica. “Vamos sair desse encontro com um diagnóstico do setor sucroenergético. Vamos ouvir a demanda de vocês e a ideia é que a gente saia com o dever de casa feito, ouvindo as empresas para saber quais são as ocupações que estão abertas no campo e na indústria e qual o perfil de qualificação profissional necessário para atender às demandas atuais do setor e aquelas necessárias para suportar os novos investimentos que estão chegando”, finalizou Bruno Bastos.
O diretor-presidente da Funtrab, Ademar Silva Júnior, lembrou que, além da intermediação do trabalhador com o empregador, a qualificação é um outro pilar da Funtrab. “E estamos fazendo isso vinculados à Semadesc, ombreados com a Secretaria Executiva de Qualificação Profissional e Emprego e trabalhando em Mato Grosso do Sul, um grande programa de qualificação, que é o MS Qualifica”, afirmou.
Segundo Ademar, “nesse primeiro momento a gente está se utilizando do sistema S, já estamos fechando algumas parcerias, praticamente algumas já estão fechadas, Sest-Senat, Sesi, Senar, Sebrae, para que a gente possa pelo menos, com alguns pacotes prontos, ou seja, aqueles pacotes de cursos de prateleira, a gente já comece a oferecer algum nível de qualificação a esses possíveis ou potenciais candidatos às vagas de trabalho. Agora, precisamos aproximar empresas e potenciais candidatos às vagas de emprego, das Casas do Trabalhador nos municípios onde temos atuação, para que possamos ajudar mais ser mais parceiros”, reforçou.
Participaram da mesa o diretor regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o superintendente do Sesi, Régis Pereira Borges, o superintendente do Senar, Lucas Galvan, a coordenadora de Desenvolvimento Profissional do Sest-Senat Campo Grande, Ronilda Maria de Resende e o conselheiro da Secretaria de Educação do Estado, Davi de Oliveira.
Qualificação profissional das usinas
A programação do workshop contou com a apresentação de três associadas da Biosul que exibiram programas de qualificação profissional desenvolvidos pelas próprias empresas para atender públicos específicos como jovens, mulheres e pessoas com deficiência (PcD) e de diversidade, além de indicarem as necessidades e os desafios que encontram no momento de contratação, representando as demandas do setor sucroenergético como um todo.
Com um cluster formado por duas usinas no Estado, nos municípios de Ivinhema e Angélica, a Adecoagro é responsável por mais de 5 mil colaboradores na região. De acordo com a gerente corporativa de DHO e Comunicação, Roseli Motta, a Companhia se dedica há mais de 10 anos a uma cultura focada na qualificação de pessoas e retenção de talentos. A empresa, que está em constante crescimento no Estado, identifica ainda desafios nos pré-requisitos definidos para as vagas, na formação e na requalificação de novos profissionais.
“Temos uma agenda estratégica com ações e compromissos que colocam pessoas no centro do negócio, pois entendemos que nossos colaboradores e colaboradoras constituem o principal ativo da Companhia. É com e através da nossa gente que construímos muito mais do que resultados. Construímos um legado”, reforçou.
“Dentro da área de Gente & Gestão, temos o propósito de auxiliar as pessoas a serem o que desejam, a seguirem a trilha que elas escolhem, respeitando a essência e os valores de cada um, aliados aos valores da Companhia. E para isso, contamos com programas consistentes de formação e desenvolvimento, como Capacitar, Projetos Líder e Coordenador Trainee, Jovens Talentos, entre outros. Com as pessoas no centro do negócio, construímos um futuro cada vez mais sustentável”, explicou Motta.
Para a Atvos, que possui três unidades em operação no Estado, localizadas em Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e Costa Rica, o desenvolvimento local de onde as usinas estão presentes é um dos principais compromissos da companhia. Participaram da apresentação a coordenadora de Pessoas & Organização, Kelly Parpinelli e a analista de Pessoas, Rosane de Castro.
“Para que seja possível criar relações sólidas a partir do processo de transformação pelo qual a companhia vem passando, acreditamos que só conseguiremos crescer se investirmos fortemente nas nossas pessoas e em todos aqueles com quem nos relacionamos, como os moradores das comunidades localizadas no entorno das operações. Por isso, temos ampliado a oferta de cursos gratuitos de qualificação exclusivos para esse público por meio do MOVA, Modelo Vivo de Aprendizagem. Trata-se de um programa robusto de educação profissional e que busca gerar novos conhecimentos e aptidões para quem busca uma oportunidade de emprego seja no setor sucroenergético ou no agronegócio como um todo. Desde o lançamento da iniciativa, em 2021, já qualificamos cerca de 830 pessoas em todo o estado de Mato Grosso do Sul, motivo que nos enche de orgulho, destacou Kelly Parpinelli, coordenadora de Pessoas & Organização da Atvos.
“Seguimos cada vez mais firmes e comprometidos com nosso propósito e temos convicção de que Mato Grosso do Sul apresenta terras férteis para que possamos alcançar novos patamares na produção de energia limpa que move o mundo e transforma vidas”, complementou Parpinelli.
As apresentações foram finalizadas com a participação da supervisora de RH da Raízen, Tânia Costa. A empresa possui uma unidade em Caarapó, e recentemente adquiriu mais duas unidades em Rio Brilhante.
“Crescimento macroeconômico, baixa densidade demográfica e pleno emprego são fatores inerentes à necessidade de capacitação especializada. O MS Qualifica é uma ação estratégica que associa os grandes agentes do agronegócio, Governo do Estado e instituições de desenvolvimento para dialogar de forma pioneira ações de alto impacto em um Estado de grandes oportunidades. Acreditamos no ecossistema integrado e a Biosul é um grande catalisador que movimenta e viabiliza propósitos em comum, unindo pessoas e negócios”, destacou a supervisora.
Estiveram presentes também representantes das Associadas BP Bunge Bioenergia Monteverde, Energética Santa Helena, Fátima do Sul Agro-energética, Inpasa, Pedra Agroindustrial, Raízen, Rio Amambai Agroenergia e Usina Laguna e uma representante da Neomille CerradinhoBio.
Fonte: Biosul – Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul
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