Produção de açúcar aumentou nas regiões, mas houve queda no etanol
A moagem de cana-de-açúcar no Norte e Nordeste do Brasil aumentou 1,9% na safra 2024/25, em comparação com os números registrados até o fim da segunda quinzena de setembro de 2023. O volume processado atingiu 16,80 milhões de toneladas, ante 16,48 milhões de toneladas no ciclo anterior. Os dados são da Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio).
A produção de açúcar no Norte e no Nordeste totalizou 719 mil toneladas até 30 de setembro, ante 596 mil toneladas no mesmo período da safra 2023/24 – um aumento de 20,6%.
Em relação ao etanol, a produção do anidro teve queda de 30,3%, para 306 milhões de litros, ante 439 milhões de litros na safra anterior. Somados o etanol hidratado e o anidro, a produção no Norte e Nordeste totalizou 793 milhões de litros, em queda de 2,4%.
O estoque físico de etanol, considerando o anidro e o hidratado, atingiu 345,9 milhões de litros, 26,7% acima dos 273 milhões de litros armazenados na segunda quinzena de setembro da safra passada.
De acordo com a NovaBio, a safra 2024/25 está 18% concluída no Norte e Nordeste do país. Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio, informou em comunicado que as chuvas foram razoáveis entre abril e julho, mas agosto e setembro, foram muito secos em relação aos meses anteriores.
Cunha considera relevante que a cana-de-açúcar a ser colhidas daqui para a frente não sofra queda de ATR (Açúcares Totais Recuperados) após outubro e novembro.
“Nos Estados canavieiros costeiros, como Pernambuco, Alagoas e Paraíba, essa pluviosidade menor nos últimos dois meses pode ser preocupante em termos de produtividade. É preciso considerar que ainda há um grande contingente de canas que serão colhidas e processadas entre outubro e dezembro, bem como em janeiro e março de 2025, caso a irregularidade climática se mantenha”, afirmou Cunha.
O executivo, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), projeta que na safra atual, 49% de toda a cana produzida pelas usinas do Norte e Nordeste será destinada à produção de açúcar e 51%, ao etanol.
Cibelle Bouças
Fonte: Globo Rural
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