A Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo e o maior consumidor global, enfrenta desafios climáticos semelhantes aos do Brasil, com uma seca significativa no meio do ano. Apesar disso, o setor de etanol no país tem experimentado um crescimento exponencial, com a produção saltando de 3,7 bilhões de litros em 2018/19 para uma projeção de 16,4 bilhões de litros na safra atual.
Os valores foram relatados pelo gerente geral adjunto da Baramati Agro, Ganesh Bongane, durante a 24ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo (SP). Ele participou de painel de especialistas que discutiram o cenário do açúcar e etanol na Índia.
O crescimento na produção do biocombustível está alinhado com as políticas de descarbonização promovidas pelo governo indiano, que tem incentivado a mistura com o etanol.
O diretor geral da Sucden India Hariana, Anup Kumar, destacou outro aspecto fundamental da indústria açucareira indiana, que é o controle governamental sobre a produção e exportação de açúcar. Cada produtor recebe uma cota específica de exportação, com preços fixados pelo governo, o que gera flutuações no mercado e impacta a competitividade internacional.
No entanto, mesmo com esse protecionismo, segundo Kumar, o governo da Índia continua apoiando o setor, especialmente para promover a produção de etanol e atender às metas de sustentabilidade energética.
Os palestrantes concordaram que o fortalecimento do programa de mistura de etanol no combustível é uma estratégia crucial para a Índia, não apenas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, mas também para impulsionar a economia agrícola local.
Fonte: RPA News
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