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Cana-de-açúcar pode ser ‘petróleo verde’, afirmam especialistas

Redação Visão Agro por Redação Visão Agro
6 outubro, 2025
em Cana de Açúcar, Leia mais
Tempo de leitura: 6 minutos
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Home Culturas Cana de Açúcar
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A cana-de-açucar, largamente produzida no Brasil, tem potencial semelhante ao do petróleo, apontam especialistas. Como o “ouro negro”, valorizado em todo o mundo por seus diversos derivados, com investimento e tecnologia a cana pode ser usada como base em inúmeros produtos, com a vantagem de ser sustentável.

Além da já conhecida produção de etanol e açúcar, essa matéria-prima pode ser transformada em SAF (combustível sustentável de aviação), biobunker para transporte marítimo, hidrogênio renovável, combustíveis sintéticos (e-fuels) e até plástico.

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Thiago Lopes, professor e coordenador do Laboratório de Células a Combustível, que integra o RCGI-USP (Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa da Universidade de São Paulo), explica que o que torna a cana comparável ao petróleo é o fato de a usina inteira pode ser redesenhada para produzir uma série de produtos de economia circular.

“Hoje já produzimos etanol e, a partir do CO2 gerado na fermentação para a sua produção, podemos obter o metanol verde, que serve de matéria-prima para moléculas que dão origem a plásticos, fibras têxteis, embalagens e borrachas sintéticas, produtos que ainda dependem do petróleo”, explica Lopes.

Mas o potencial não para aí. Subprodutos da própria usina, como a vinhaça e o CO2, quando combinados a processos que geram hidrogênio e oxigênio, abrem caminho para novos combustíveis e insumos estratégicos.

O hidrogênio renovável, por exemplo, pode ser usado em células a combustível — dispositivos que geram eletricidade a partir de reações químicas, sem poluir — ou servir de base para a amônia verde, essencial na produção de fertilizantes e vista como o futuro combustível para o transporte marítimo.

“Diferentemente do petróleo, que é um recurso finito e concentrado em poucos países, a cana é renovável, distribuída e já conta com uma cadeia produtiva consolidada no Brasil” diz Thiago Lopes. “Por isso, com os avanços tecnológicos, a cana deixa de ser apenas fonte de etanol e açúcar, tornando-se a base de uma nova indústria química verde, capaz de sustentar em escala setores hoje totalmente dependentes do petróleo”, completa.

Empresas já apostam na cana

Algumas empresas brasileiras já têm apostado na cana-de-açúcar como uma alternativa mais sustentável de matéria-prima. Desde 2016, o Grupo Boticário adotou o polietileno verde — plástico vegetal obtido da planta da cana — em suas embalagens.

“O plástico vegetal usado nas embalagens é fabricado por empresas que produzem polietileno a partir do etanol de cana (soluções bio-based), como a Braskem”, explica Gustavo Dieamant, diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário. Hoje, há mais de 2 mil produtos no portfólio da empresa que utilizam plástico verde.

O grupo passou também a aproveitar resíduos da cana (como o bagaço) como matéria-prima para o EcoÁlcool, usado na produção de perfumes. “Somente com isso, a partir de 2021, deixamos de emitir mais de 127 mil toneladas de gases de efeito estufa. Para dimensionar o impacto, essa redução é equivalente à captura de carbono realizada por uma área de plantio de eucaliptos do tamanho de 4.700 campos de futebol”, destaca Dieamant.

Parceira do Boticário com o EcoÁlcool, a Raízen tem investido na produção de biocombustíveis derivados da cana, como o E2G (etanol de segunda geração). Diferentemente do E1G (etanol de primeira geração), que utiliza a sacarose extraída do caldo da cana, o E2G aproveita o que antes seria descartado, tornando-se uma opção mais sustentável, com menor pegada de carbono e sem a necessidade de ampliar a área de plantio.

Em 2024, a Raízen inaugurou uma nova unidade de E2G, no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP). Com uma pegada de carbono 80% menor que a gasolina comum brasileira e 30% menor que o E1G, o etanol de segunda geração produzido pela empresa representa uma inovação tecnológica significativa no setor de bioenergia, pois aumenta em 50% a produção sem precisar de um hectare a mais de cana.

Biocombustíveis

Entre os diversos setores que podem se beneficiar da adoção da cana-de-açúcar como matéria-prima renovável, o de transportes se destaca como um dos mais promissores.

Atualmente, além do E2G, usinas brasileiras de cana já produzem o etanol combustível (hidratado e anidro), a bioeletricidade a partir da queima de bagaço e palha e o biogás e biometano a partir de vinhaça.

Mas a versatilidade da cana vêm sendo estudada para produção de outros biocombustíveis, como o Hidrogenio verde, que pode ser empregado em ônibus, caminhões e navios; o Metanol verde, voltado para veículos pesados; e o SAF (Sustainable Aviation Fuel), biocombustível destinado à aviação.

Brasil na frente

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos, que fabrica o combustível a partir do milho.

Contudo, segundo especialistas, o país tem condições de ampliar sua participação e liderar as exportações globais de biocombustíveis de baixo carbono e intermediários derivados da cana-de-açúcar.

A combinação entre escala agrícola, experiência industrial, certificações e baixo carbono posicional — com potencial de captura do CO2 gerado na fermentação — pode representar uma importante vantagem comparativa.

“Enquanto o milho, nos Estados Unidos, rende de 4 a 5 mil litros de etanol por hectare, a cana brasileira produz, em média, 7 mil litros por hectare, podendo ultrapassar os 10 mil litros com a integração do etanol de segunda geração”, afirma Alexandre Alves, agrônomo e chefe-geral da Embrapa Agroenergia.

Segundo ele, em termos de mitigação, entre 2003 — ano do lançamento dos carros flex — e março de 2025, o uso do etanol em substituição à gasolina evitou que mais de 730 milhões de toneladas de CO2 fossem lançadas na atmosfera. Para alcançar efeito semelhante na natureza, seria necessário cultivar cerca de 5,1 bilhões de árvores ao longo dos próximos 20 anos.

“Outro diferencial que pode colocar o Brasil na liderança da produção de biocombustíveis é o fato de que os processos de colheita e de processamento industrial da cana já estão bastante consolidados, permitindo o aproveitamento quase integral da biomassa: caldo para etanol; bagaço e palha para eletricidade e E2G; vinhaça e torta para biogás; e CO2 da fermentação para e-fuels”, aponta o chefe-geral da Embrapa Agroenergia.

Além disso, o país dispõe de uma infraestrutura consolidada — agrícola, industrial e logística — e de um sistema de governança robusto, com certificações como o RenovaBio, que mede a intensidade de carbono da produção.

O país também conta com uma vantagem territorial. “Estudos mostram que o Brasil possui uma extensa área de pastagens degradadas que pode ser aproveitada, permitindo ampliar diversas vezes a produção de etanol, sem causar impacto ambiental significativo”, ressalta Thiago Lopes, professor da USP.

Mas é preciso investimento para acelerar o estabelecimento da cana como fonte energética.

Alexandre Alves, da Embrapa Agroenergia, defende, como próximos passos, o fortalecimento do RenovaBio, o estabelecimento de marcos regulatórios para captura, uso e armazenamento de carbono aplicados às usinas de etanol, além do incentivo à produção de SAF (Sustainable Aviation Fuel) e fomento à produção de biometano e hidrogênio a partir da biomassa e do etanol.

Também são indispensáveis investimentos em infraestrutura e logística voltados à exportação de energéticos renováveis derivados da cana. E, para consolidar o Brasil como fornecedor confiável de energia limpa, é fundamental avançar em certificações reconhecidas internacionalmente.

“O Brasil já cultiva mais de 8 milhões de hectares de cana, mas tem potencial para expandir sobre pastagens de baixa produtividade, sem pressionar os biomas sensíveis. Ou seja, a cana pode sim de alguma maneira ser considerada o novo petróleo verde”, conclui Alves.

Por: Rone Carvalho | Fonte: Uol

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