Os EUA têm atualmente apenas estoque capaz de atender 25 dias de consumo de diesel, o pior patamar desde 2008 antecedente a última crise econômica mundial, segundo informações da AgResource Brasil. Isso pode ser um problema, já que o Brasil é dependente deste produto.
“Estima-se que o Brasil utilizou cerca de 63 milhões de metros cúbicos de óleo diesel em 2021 e quase 59 milhões em 2020, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Para esse ano, a utilização no primeiro trimestre é estimada em pouco mais de 30 milhões de metros cúbicos”, comenta.
“A elevada demanda doméstica devido a elevada dependência do sistema logístico rodoviário cria a necessidade de importação de óleo diesel de outros países, em especial dos EUA. Em 2020, a importação de diesel atingiu cerca de 20% da demanda anual, sendo os EUA responsável por 81,5% dessa demanda.
Já em 2021, a importação atingiu 22% da demanda anual do combustível, com a participação norte-americana em cerca de 50% do volume”, completa a consultoria.
Levando em conta o ano passado, a participação do 2º e 3º maior exportador de diesel para o Brasil, Índia e Emirado Árabes, respectivamente, cresceu de 9% para 29% quando somados.
“Apesar do avanço de origens alternativas a dependência do diesel norte americano é elevada o que preocupa quanto a disponibilidade de diesel para operações agrícolas e escoamento da safra 22/23 ainda em fase de plantio”, indica.
“A escalada da tensão do conflito entre Rússia e Ucrânia fez com que os EUA se comprometessem a garantir parte do fornecimento energético para os países europeus devido às sanções e ausência de produtos russos.
Isso somado a demanda doméstica norte-americana por combustíveis ainda aquecida resulta no menor estoque das reservas estratégicas de petróleo dos EUA desde a década de 1980”, conclui.
Fonte: Agrolink
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