Economia aquecida e exportações impulsionam demanda recorde de diesel no país
As distribuidoras de diesel no Brasil registraram vendas superiores a 6 bilhões de litros pelo segundo mês consecutivo em agosto, marcando um recorde no acumulado de janeiro a agosto. O resultado reflete o crescimento da economia e o aumento das exportações, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em agosto, o volume comercializado alcançou 6,1 bilhões de litros de diesel B (com adição de biodiesel), superando ligeiramente os 6,07 bilhões de litros vendidos em julho. Esse desempenho torna agosto o segundo maior mês em volume da série histórica, atrás apenas de agosto de 2022. No entanto, em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma leve retração de 1,86%.
No acumulado de 2024, até o mês de agosto, as vendas de diesel B totalizaram 44,7 bilhões de litros, representando um aumento de 3,6% em relação ao mesmo período de 2023.
“Esse volume recorde nos primeiros oito meses de 2024 reflete o crescimento da economia brasileira e o avanço das exportações, que intensificam a demanda por transporte de mercadorias dos centros de produção até os portos para envio ao exterior”, explicou Bruno Cordeiro, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.
Para o fechamento de 2024, as projeções da StoneX indicam um consumo total de 67,1 bilhões de litros de diesel, um aumento de 2,5% em relação ao volume registrado no ano anterior.
Gasolina e Etanol Hidratado
As vendas de gasolina em agosto totalizaram 3,77 bilhões de litros, um leve aumento de 0,3% em relação a julho, mas uma queda de 3% na comparação com agosto de 2022. O recuo é atribuído ao aumento da competitividade do etanol hidratado, principal concorrente da gasolina nos postos.
Por sua vez, o etanol hidratado registrou vendas de 1,75 bilhão de litros em agosto, um crescimento de 1,85% em relação ao mês anterior e um avanço expressivo de 25% em comparação com agosto do ano passado.
“A menor competitividade da gasolina, especialmente nas regiões do Centro-Sul, continua a impactar as vendas do combustível fóssil”, destacou Isabela Garcia, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. Ela também frisou que a tendência é de que a paridade siga favorável ao etanol nos próximos meses, embora o aumento no consumo de combustíveis leves possa atenuar a queda nas vendas de gasolina C.
Fonte: Portal do Agronegócio
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