Linha será integrada à produção do biocombustível, aproveitando a proteína dos cereais utilizados como matéria-prima; produto será suficiente para substituir todo o volume importado pelo país, além de ter excedente para atender o Mercosul
Anúncio tem a presença de autoridades, incluindo o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin
O presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella, anunciou nesta sexta-feira, 4, durante visita do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, à fábrica de Passo Fundo (RS) mais uma novidade que será integrada ao investimento da planta de etanol: a produção de glúten vital.
Segundo ele, trata-se de um concentrado proteico em pó obtido a partir da farinha de cereais. A nova linha representa um acréscimo de cerca de R$ 300 milhões ao investimento anunciado para a usina.
“Atualmente todo o glúten consumido no Brasil é importado. Como este projeto inovador, a Be8 suprirá integralmente o mercado brasileiro, com capacidade para atender ao Mercosul também”, explica Battistella. “Vamos assegurar assim o fornecimento com estabilidade, favorecendo melhores preços e parcerias com produtores de trigo da região”, completa.
A unidade terá a capacidade para produzir 35 mil toneladas ao ano de glúten vital, substituindo todo o produto importado, que totalizou 25 mil toneladas no ano de 2022.
O glúten é uma proteína extraída de cereais, tais como trigo, centeio, cevada e triticale. As características do glúten vital extraído e do glúten naturalmente presente na farinha não são as mesmas. A diferença principal está na capacidade de absorção de água. O glúten de trigo vital é normalmente utilizado como aditivo na panificação. Para isso, é necessário extraí-lo da farinha e transformá-lo em um pó a partir de um processo com múltiplas etapas.
De acordo com a Be8, as aplicações do glúten vital são inúmeras na panificação, mas a principal delas é a fortificação de farinhas “standard”, já que é geralmente necessário o uso de farinhas fortes para a produção de pães. O glúten retém os gases produzidos durante a fermentação, favorecendo o crescimento e volume.
Ainda segundo a companhia, a integração da linha de produção ao processo do etanol permite aproveitar a mesma matéria-prima, extraindo a proteína do cereal para produzir o glúten e o amido para o biocombustível.
O projeto terá um importante impacto no Rio Grande do Sul porque destinará o trigo produzido no estado para o mercado interno, reduzindo a necessidade de importação do produto para panificação. A previsão é que sua produção possa começar junto com a de etanol, em 2025.
FONTE: Be8
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