Startup argentina de silos bag, que já levantou US$ 1,5 milhão espera ter mais US$ 1 milhão para turbinar seu negócios no país
De olho em um mercado pouco explorado de armazenamento de grãos no Brasil, o uso de silos bolsa ou silos bag, a startup argentina, SiloReal, criada em 2021, decidiu desembarcar por aqui . Tomados como um atenuante para a falta de silos convencionais, com suas enormes estruturas de metal e concreto, os silos bolsas podem salvar uma safra que corre riscos se for guardada a céu aberto, uma cena que tem se tornado comum no país nos últimos anos por conta de registros sucessivos de cultivo de grãos e investimentos insuficientes para solucionar este gargalo no campo. Na safra encerrada, foram 322,752 milhões de toneladas de grãos, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) , recorde histórico, enquanto a capacidade de armazenamento não chega a 200 milhões de toneladas.
“Nós já nascemos com a ideia de vir para o Brasil. Começamos testando na Argentina, porque lá o silo bolsa tem maior adoção e a gente já conhecia [o mercado], mas fizemos esse movimento para vir rápido para o Brasil”, diz José Dominguez, cofundador e diretor da SiloReal, hoje abrigada no hub Cubo, do Itaú, na capital paulista. De acordo com o executivo, a startup pretende alcançar uma fatia de 25% deste segmento no país. A estimativa de Dominguez é que hoje haja 150 mil silos no campo, com potencial de crescimento de até 40% ao ano. Na Argentina, são 450 mil unidades no campo.
A startup argentina já anunciou US$ 1,5 milhão (R$ 7,4 milhões na cotação atual) em rodadas de investimento e espera captar mais US$ 1 milhão (R$ 4,97 milhões) no Brasil, em 2023. No passado, o faturamento foi de US$ 164 mil (R$ 815 mil) e a estimativa para este ano é de US$ 300 mil (R$ 1,4 milhão). Mas a meta é ousada. Dominguez acredita que em cinco anos esse valor poderá chegar a US$ 70 milhões (R$ 348 milhões) em receita no Brasil e Argentina.
Para ganhar mercado, o silo bolsa foi equipado com uma série de tecnologias embarcadas e hoje já não se resume a um tipo de “sacola” de guardar grãos. A startup turbinou o silo bag com IA (inteligência artificial) para monitorar o grão em tempo real. Atualmente, um dos entraves do uso do silo bag é o produtor não saber exatamente quanto tempo o grão pode ficar guardado sem nenhum risco, ou seja, de o grão ficar embalado além do tempo e perder qualidade. Mas, com sensores instalados, é possível controlar a temperatura, umidade e CO2.
Fonte: Forbes agro
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