Os ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G7 emitiram nesta 4ª feira (12.out.2022) comunicado conjunto onde incentivam que países produtores de petróleo “aumentem sua produção para diminuir a volatilidade” nos preços do insumo no mercado internacional.
O encontro em Washington (D.C.) teve a presença do ministro de Finanças ucraniano Sergii Marchenko e atribuiu à Rússia responsabilidade pela crise energética no mercado petrolífero.
“A guerra de agressão da Rússia está causando disrupções econômicas globais severas e aumentando o estresse em uma economia mundial que estava apenas começando a se recuperar da pandemia e ajustar a descontinuidade na cadeia de suprimentos”, disse o comunicado. Eis a íntegra (58 KB, em inglês).
O grupo, formado pelas 7 economias mais industrializadas do mundo, também considerou “decepcionante” o corte de 2 milhões de barris/dia anunciada pela Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) no início de outubro.
Os Estados Unidos e aliados entendem que a decisão beneficia a Rússia em um momento de instabilidade da oferta de petróleo com a guerra na Ucrânia, já que a tendência é elevar o preço do insumo no mercado global com a queda na produção.
Com forte pressão inflacionária nos mercados domésticos, as autoridades também reforçaram o compromisso de manter os acordos cambias conjuntos firmados em maio de 2017.
“Continuamos comprometidos com uma política macroeconômica de médio prazo orientada para a estabilidade e o crescimento que nos coloca em um caminho claro para a sustentabilidade a médio prazo das finanças públicas e um setor financeiro resiliente.”
Os ministros também comemoram a decisão de suspender o pagamento dos serviços das dívidas da Ucrânia até o final de 2023.
“Essa medida alivia as pressões de liquidez da Ucrânia e permite que seu governo mantenha gastos críticos apesar da guerra.”
OPEP REDUZ PREVISÃO DE OFERTA
Mais cedo nesta 4ª feira (12.out), a Opep reduziu a estimativa da demanda global por petróleo em 2022 e 2023. Para este ano, a organização estima que o consumo mundial aumentará em 2,64 milhões de bpd (barris por dia) até o final do ano, 460 mil a menos do que a previsão anterior, de 3,1 milhões de barris diários.
Já no ano que vem, a organização espera um crescimento de 2,34 milhões de barris por dia no consumo global de petróleo. Antes, previa 2,7 milhões. Ainda assim, os 102 milhões da barris diários de 2023 devem exceder os níveis pré-pandemia, estimam os países membros.
Fonte: Poder 360
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