Diretor de transição energética da Petrobras confirmou que a companhia fará uma planta de pesquisa e desenvolvimento na UTE Vale do Açu, no Rio Grande do Norte
A Petrobras aprovou internamente o primeiro projeto de hidrogênio verde da companhia, afirmou nesta quarta-feira, 25, o diretor executivo de transição energética da estatal, Maurício Tolmasquim, em entrevista ao estúdio eixos, na ROG.e.
Segundo ele, trata-se de um projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) associado à termelétrica a gás natural Vale do Açu (310 MW), no Rio Grande do Norte. O projeto terá um pequeno parque solar. A ideia é aproveitar a água que é usada na usina termelétrica.
Assim, esse será um teste antes de a companhia entrar em uma iniciativa comercial nesse segmento, de maior escala. “É um projeto pequeno, mas é o primeiro passo para a gente entrar nessa área”, disse.
Marco do hidrogênio favorece projetos
Tolmasquim destacou que a aprovação do marco legal do hidrogênio no Congresso, este ano, favorece o desenvolvimento de projetos do tipo dentro da empresa.
“Essa legislação fez ficar próximo [o preço] do hidrogênio cinza do verde”, afirma e segue: “[O marco legal] talvez seja o diferencial para a gente tornar o hidrogênio verde do Brasil competitivo”.
Ele ainda reforçou que o momento é histórico para a política de transição energética do país. “O Brasil está reafirmando a sua prioridade para os biocombustíveis, para a transição energética, para o hidrogênio, do biometano, do SAF”, completou, ao se referir também à recente aprovação do Combustível do Futuro no Congresso.
Em abril, a Petrobras já havia anunciado um investimento de R$ 20 milhões em pesquisas sobre os processos de geração e viabilidade de extração do hidrogênio natural, inicialmente na Bahia. “Existe uma sintonia muito grande entre a política que o país está adotando e a política da Petrobras”, complementou.
Tolmasquim comentou também sobre as perspectivas da companhia para os novos combustíveis. Ele confirmou que a Petrobras tem intenção de chegar a 2030 com uma produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) capaz de atender a 30% da demanda nacional por combustível de aviação.
O diretor ainda citou que o crescimento da produção de diesel coprocessado nas refinarias da petroleira já é uma realidade. O produto com teor renovável equivale, hoje, a 7% da produção de diesel fóssil brasileira, segundo o executivo.
Fonte: Nova Cana
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