Expectativa de recuperação do setor agropecuário só deve ocorrer em 2025/26, exigindo gestão rigorosa e estratégica
Com o ano de 2024 chegando ao último trimestre, os produtores rurais enfrentam um cenário desafiador, marcado por condições climáticas extremas, como chuvas excessivas, secas prolongadas e queimadas, que resultaram em grandes prejuízos em diversas regiões do país. Além dos fatores climáticos, a conjuntura político-econômica também contribuiu para um ambiente adverso. Diante desse contexto, o setor não deve ver grandes mudanças nos próximos meses, o que exigirá dos produtores cautela e eficiência, especialmente na gestão das operações dentro das propriedades.
Rafael Luche, gerente de vendas, pós-vendas e marketing da FertiSystem, ressalta que, além dos desafios climáticos, outros fatores estão pressionando o setor agropecuário. Entre eles, o desempenho abaixo do esperado da soja e a menor disponibilidade de crédito para investimentos. “Nos últimos 10 anos, o preço médio da soja girava em torno de 11 dólares por bushel, mas atualmente está abaixo desse valor, o que já impacta e continuará afetando o mercado de máquinas agrícolas”, explica Luche.
A disponibilidade de crédito também está diretamente ligada ao Plano Safra 2024/25, que foi lançado recentemente pelo Governo Federal com um aporte de R$ 475 bilhões para apoiar a produção agropecuária. No entanto, apenas R$ 107,3 bilhões desse total foram destinados a investimentos. “Isso cria um cenário desafiador, com commodities de preço baixo e menor acesso ao crédito, diminuindo o poder de compra do produtor”, destaca o especialista.
Outro obstáculo para o acesso ao crédito é a burocracia bancária, que se intensificou, especialmente no Rio Grande do Sul. As instituições financeiras, preocupadas com a inadimplência, têm exigido garantias mais rígidas, sobretudo em áreas afetadas pelas enchentes ocorridas em maio.
Além dos desafios internos, o cenário global também traz incertezas. A eleição presidencial nos Estados Unidos e a safra de grãos na Argentina são fatores que podem influenciar o mercado. “Resumidamente, o curto prazo não é favorável, e a expectativa de retomada de negócios em volume só é projetada para o ciclo de 2025/26, quando há uma previsão de recuperação dos preços da soja e de outras commodities, acelerando o retorno sobre o investimento”, antecipa Luche.
Gestão Eficiente é a Chave para 2025
Com as perspectivas atuais, o ano de 2025 promete ser ainda mais desafiador para os produtores, que precisarão ser criteriosos em novos investimentos, priorizando apenas o que for essencial. “Para aumentar a eficiência, o produtor deve concentrar-se na gestão da propriedade, controlando rigorosamente custos e receitas, transformando a administração em algo profissional. É crucial saber calcular o payback e o retorno sobre o investimento para tomar decisões embasadas em dados concretos”, orienta Luche.
Nesse contexto, a Agricultura de Precisão torna-se uma aliada indispensável. O uso de tecnologias que proporcionem retorno financeiro ao mesmo tempo em que otimizam o uso de insumos será fundamental. “Com poucas expectativas de melhora no mercado no próximo ano, o momento é de olhar para dentro da propriedade e identificar onde investir para obter o melhor retorno”, pontua o gerente da FertiSystem.
Entre as tecnologias de destaque na Agricultura de Precisão estão os dosadores de fertilizantes da FertiSystem, presentes em 95% das indústrias de máquinas e implementos agrícolas do Brasil. Esses equipamentos automatizam o processo de plantio, reduzindo custos e tempo de manutenção com alta durabilidade e precisão.
Um dos principais produtos é o Auto-lub AP NG, conhecido pela durabilidade de seus componentes e baixa necessidade de manutenção, além de garantir uniformidade e precisão na dosagem de fertilizantes. Outro destaque é o dosador de sementes Virgo, que se destaca pela manutenção simplificada, baixo consumo de peças e compatibilidade com discos e anéis universais.
Essas tecnologias, segundo Luche, maximizam o potencial de crescimento das plantas, melhoram a saúde do solo e reduzem falhas no plantio, além de diminuir o desperdício de insumos e aumentar o retorno sobre o investimento. “Em termos econômicos, evitam-se desperdícios, o que reduz o consumo de insumos e aumenta o retorno financeiro”, conclui o especialista.
Fonte: Portal do Agronegócio
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