O Rabobank divulgou seu novo relatório de perspectivas para o agronegócio brasileiro e espera que a recuperação da safra de cana-de-açúcar seja tímida.
“A safra 2022/23 no centro-sul deve fechar em novembro de 2022, com uma moagem final perto de 540 milhões de toneladas. É possível que este número fique ligeiramente inflado até o final do ano-safra 2022/23 se a próxima colheita iniciar antes do final de março”, comenta.
“Assim, a recuperação da produção em 2022/23 parece tímida no final. Com a produtividade da cana ainda impactada por muitos fatores (seca, geada, incêndios) que castigaram os canaviais em 2021. Além disso, segundo a CONAB, houve redução da área colhida na ordem de 3%, como consequência do aumento do plantio, da necessidade de área para mudas e, da concorrência com a cultura de grãos”, completa.
No momento, entre os investimentos mais citados pelas empresas do setor são: biogás, cogeração, etanol de milho e irrigação.
“Apesar do baque que o RenovaBio sofreu em 2022, projetos que contribuem para uma pegada menor de carbono nas operações, como o biogás, por exemplo, não perderam atratividade. Ao contrário, em um ano em que os preços de diesel e de fertilizantes subiram vertiginosamente, investimentos que prometem reduzir a necessidade de compra destes insumos no futuro ganharam ainda mais destaque”, indica.
Dentre os pontos de atenção, o Rabobank destaca os combustíveis. “Os preços da gasolina e etanol nas bombas caíram expressivamente desde meados de 2022, mas dados da ANP de vendas de combustíveis desde junho ainda não estão disponíveis. Assim, fica difícil avaliar até qual ponto a queda dos preços deste ano tem provocado um aumento de consumo dos combustíveis”, conclui.
Fonte: Agrolink
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