O governo federal tem como premissa prezar pela previsibilidade do RenovaBio, disse, nesta quarta-feira (8), o coordenador Geral de Etanol do Ministério de Minas e Energia (MME), Marlon Arraes, em palestra no Santander DATAGRO Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol 2023/24, que acontece até esta quinta-feira (9), em Ribeirão Preto (SP). “Temos como objetivo fortalecer o programa e todos seus instrumentos, como a RenovaCalc, com o intuito de assegurar a integridade dos CBios, com foco na ampliação de sua liquidez e consequente mercado.”
De acordo com Arraes, a administração federal não pretende realizar correções de rumo no programa sem antes proceder a avaliação e monitoramento estruturados. “Iremos, ainda, este ano elaborar a matriz de indicadores de monitoramento e avaliação da política pública.”
A superintendente executiva Corporate do Santander, Caroline Perestrelo, apresentou números do mercado de CBios, destacando a oferta prevista de 37 milhões para este ano e a expectativa da emissão de cerca de 99 milhões até 2032. Segundo a executiva, o preço do CBio hoje está em torno de R$ 100, mas em mercados internacionais maduros, títulos similares já são negociados próximos a R$ 600.
Segundo o trader da Sucden, Elder Risso, um dos maiores desafios é ampliar o mercado de CBios para além das partes obrigadas a adquiri-los. As distribuidoras de combustíveis fósseis precisam comprar um determinado volume de títulos por ano como forma de compensar a emissão de gases de efeito estufa. “Atualmente, apenas 3% dos CBios estão nas mãos de partes não obrigadas.”
Ademais, o pesquisador da Embrapa, Marcelo Morandi, acentuou que a oferta de CBios é na realidade maior do que a disponibilizada. Isso porque, segundo ele, existem projetos elegíveis que não estão sendo certificados por falta de uma cadeia de custódia de certificação, em especial no segmento de grãos.
Fonte: Uagro
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