As temperaturas mais baixas ao longo das duas primeiras semanas de outubro resultaram em queda do consumo de energia no período, apontam dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A redução é de 2% no período, para 63.644 megawatts médios (Mwmed).
A diminuição tem sido puxada pelo mercado regulado, no qual estão alocadas residências e os pequenos comércios. Nele, foram consumidos 40.406 MWmed, 4,4% a menos que na comparação anual. Já no mercado livre, o consumo foi de 23.238 MWmed, um aumento de 2,6% maior em relação ao ano anterior.
Para a CCEE, o aumento da produção em alguns ramos de atividade econômica é um dos fatores que explicam a ampliação no uso da energia no mercado livre, que concentra grandes consumidores. No comparativo anual e desconsiderando a migração de cargas, os setores que registraram maiores avanços foram: veículos (5,4%), saneamento (5,2%) e madeira, papel e celulose (4,8%).
A CCEE também faz uma análise desconsiderando a migração de consumidores entre os dois ambientes. Ao excluir as novas cargas dos últimos 12 meses, o mercado livre teria alta de apenas 0,3%, enquanto no ambiente regulado a queda seria de 3,2%.
A CCEE mediu também o impacto da micro e minigeração distribuída: sem a tecnologia, a retração do mercado regulado seria de 1,7%.
Consumo por região
Os estados que tiveram a maior alta no consumo se concentram ao norte do País, com destaque para o Maranhão (25%), influenciado pela retomada de um grande consumidor local. Na maior parte do Brasil, houve queda, como é o caso do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul, ambos com 7% de redução.
Geração de energia
As usinas hidrelétricas aumentaram em 20,6% o fornecimento de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Já as termelétricas recuaram 57,1%. A geração de energia solar cresceu quase 70% e a eólica 26,5%.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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